O ministro da Agricultura e presidente do diretório estadual do PSD, Carlos Fávaro, alertou que, caso o presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), Eduardo Botelho (União), aceite se filiar aos sociais democratas, terá que ser flexível e estar aberto a negociar com o PT. Isso porque o ministro conjuga espaço político diretamente com o grupo de Lula em Mato Grosso formado pela Federação entre o Partido dos Trabalhadores, PV e PCdoB.

“O convite ao presidente da AL, Eduardo Botelho, é fato consumado. Ele é muito bem-vindo com seu grupo político ao PSD. Ele tem o tempo dele para tomar essa decisão. O encontrei no sábado passado, oito dias atrás, e sem nenhum tipo de pressão. Todo mundo começa a se movimentar, nosso grupo político do Lula está fazendo isso em todos os estados brasileiros”, afirmou Fávaro nesta sexta-feira (7) em entrevista à Rádio Conti.

Do lado do PT, Botelho teria de duelar com o colega de Assembleia, Lúdio Cabral, e a ex-deputada-federal Rosa Neide, cujos nomes foram cantados pela presidente nacional da sigla, Gleisi Hoffmann em visita à capital mato-grossense em junho deste ano. Já, no PV o pré-candidato é o vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa. Dentro do próprio PSD há figuras com potencial para concorrer como o deputado estadual Wilson Santos e Júnior da Verdão, atual líder da Fecomércio-MT, citou Fávaro.

“Em determinado momento posso ser chamado para discutir Cuiabá com o PT e é uma tendência natural, mesmo o Botelho vindo pro PSD ele sabe que vai caminhar nesse grupo político. Temos (o PSD) o Wilson Santos, Júnior da Verdão, mas ainda não manifestaram interesse de ser candidato”, explicou o ministro.

Mesmo negando cobrar um retorno rápido de Botelho, Fávaro não escondeu que colocou as cartas à mesa ao convidá-lo e que essa antecipação para definir conjunturas das eleições de 2024, compreendida por ambos como parte do jogo político, pode implicar em um acordo com o PT, caso Botelho demore mais que o suportado pelo partido.

“Então, pode acontecer que se demorar demais acaba que naturalmente a gente firmando em torno de uma candidatura do Lúdio Cabral, da Rosa Neide e o PSD poderia fazer a composição de vice o que inviabilizaria a gente fazer uma candidatura própria”, disse o presidente estadual do PSD.

(HNT)