A fila de pessoas na espera por “ossinhos de boi” na porta de um açougue no bairro CPA II, em Cuiabá, foi destaque na noite de domingo (25), no Fantástico. A reportagem mostrou a realidade que muitas famílias na Capital estão vivendo.

A empresária Samara Rodrigues e Oliveira, dona do açougue que distribui os ossinhos, se emocionou ao citar que muitas pessoas comem os restos de carnes ainda crus na porta do estabelecimento. “Tem gente que pega o ossinho e já come ali mesmo, cru”.

Samara afirmou que o açougue faz doações há 10 anos e nos últimos meses por causa da pandemia a procura aumentou muito.

“Marcamos dia e horário para eles virem, primeiro em respeito a eles como uma forma de carinho”, conta a empresária.

Conforme a reportagem, o ossinho é o que sobra da desossa do boi e tem resquicíos de carne.

“O ossinho que eu peguei na semana passada não dá para a semana inteira”, contou uma entrevistada que depende da doação para sobreviver.

A reportagem também relatou a realidade de algumas famílias em outras capitais brasileiras quem vem enfrentando uma triste realidade para combater a fome.

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Os grãos de segunda linha como arroz fragmentado e o feijão de bandinha que vem quebrados e com mais impurezas se tornaram a opção de alimento de muitas famílias em todo Brasil, por ter um custo mais acessível. De acordo o Ministério da Agricultura o arroz não pode ter mais que 5% de impurezas e o feijão 6%, acima disso não estão aptos para consumo.

O Fantástico mostrou outros exemplos registrados em outras partes do Brasil, onde 19 milhões de pessoas acordam sem saber se vão conseguir alguma refeição para o dia.

Confira aqui a reportagem do Fantástico na íntegra