Considerado um homem bastante saudável e tendo passado a vida toda na zona rural, a morte do agricultor José Flávio Noschang, 65 anos, foi recebida com estupefação por parentes e amigos. Alguns familiares chegam a colocar em dúvida a a forma e até a qualidade do atendimento destinado ao idoso, suspeitando até mesmo de possível “negligência ou até erro médico”, em um importante hospital privado de Cuiabá, onde veio a óbito.
Morador de Campo Verde (132 quilômetros ao Sul de Cuiabá), Flávio Noschang deu entrada no hospital na quarta-feira (20), feriado do Dia da Consciência Negra, em Cuiabá, com inflamação no braço esquerdo, provavelmente em decorrência de esforço no trabalho. O problema ocorreu na quarta-feira (13) da semana passada, no mesmo braço em que, anos antes, tinha sido “queimado” por possíveis estilhaços de um raio.
Os primeiros atendimentos foram ministrados no Hospital de Campo Verde. Depois de ver o quadro de saúde se agravando rapidamente, a família do idoso decidiu transferi-lo para Cuiabá.
De imediato, quando chegou ao Hospital, deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), por causa da gravidade do quadro de saúde. Ele morreu na noite de sexta-feira (22). Flávio Noschang foi enterrado no Cemitério Municipal de Campo Verde, no final da tarde deste sábado (24).
A principal reclamação da família está no fato de supostamente o idoso ter sido tratado apenas morfina, ao invés de antibióticos – o que é recomendado para casos de infecção grave.
A sua sobrinha Edivane Noschang usou as redes sociais para publicar um desabafo, em que coloca sob suspeição o trabalho da equipe médica que atendeu ao seu tio. Ela insinua que o fato de José Flávio um simples agricultor, no hospital, seus médicos teriam negligenciado.
“É muito triste vc perder uma pessoa da família por negligência e ineficiência médico hospital . Nunca aceitam o diagnóstico da primeira ou segunda e ou terceira opinião médica”, observou ela.
“Não têm preparo algum em ouvir o que realmente deve ser feito. Uma faculdade nem sempre demonstra capacidade. Me sentindo destruída, incapaz”, ponderou Edivane.

Para ela, a morte do tio não tem explicação. “Dentro de um renomado hospital Particular em Cuiabá, meu tio Flávio morrer por rompimento muscular e morrer por infecção generalizada. Três dias internado com infecção; é a primeira vez que vejo alguns médicos não tratar com antibióticos e, sim, com morfina. Familiares não aceitam seu ente querido passar por sofrimentos. Os médicos hj em dia não pensam em salvar vidas, pensam em salvar seus bolsos”, denunciou Edivane Noschang, revoltada com a situação.
A reportagem do Cuiabano News buscou contato com a diretoria do hospital, mas ninguém respondeu. A orientação era para que a equipe de reportagem comparecesse na diretoria da unidade de saúde, nesta segunda-feria (25), a partir das 8 horas ou então marcar horário.
A íntegra da postagem de Edivane Noschang, em sua página:
E muito triste vc perder uma pessoa da família por negligência e ineficiência médico hospital . Nunca aceitam o diagnóstico da primeira ou segunda e ou terceira opinião médica. Não tem preparo algum em ouvir o que realmente deve ser feito. Uma faculdade nem sempre demonstra capacidade. Me sentindo destruída, incapaz. Dentro de um renomado hospital Particular em CUIABÁ, meu tio Flávio morrer por rompimento muscular e morrer por infecção generalizada. 3 dias internado com infecção é a primeira vez que vejo alguns médicos não tratar com antibióticos e sim com morfina 😭😌. Familiares não aceitam seu ente querido passar por sofrimentos. Os médicos hj em dia não pensam em salvar vidas, pensam em salvar seus bolsos. Os hospitais viraram um comércio. A vida vale se vc tem sobrenome se não eles te deixam morrer sem dar de sí ao que se prontificaram a fazer. Estudantes de medicina não juram se vcs não forem capazes de salvar vidas… Dinheiro não compra a vida. (Edivane Noschang)