Exercícios pélvicos podem melhorar ou prevenir a incontinência urinária

Da Assessoria

A incontinência urinária é um problema de saúde pública que é definido pela perda involuntária de urina. O que acontece é que o assunto ainda é considerado tabu na sociedade devido ao paciente sentir vergonha em comentar sobre seus sintomas.

Mas, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, pelo menos no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas, entre homens e mulheres, de diferentes faixas etárias, sofrem com a doença que influencia tanto nas atividades diárias quanto na qualidade de vida. E, uma a cada três mulheres enfrenta os sintomas assim como os idosos.

Segundo a fisioterapeuta pélvica, Aline Bragança, nesse sentido é considerada incontinência urinária qualquer perca de urina que a pessoa venha ter durante a vida, seja ela uma “gotinha ou muito”.

Para a profissional é comum os pacientes falarem em uma ‘falsa cura’, já que existe indicação de uso de absorvente para melhorar a situação. Porém, na realidade, a única forma de manter a qualidade de vida ou melhorar o dia a dia da pessoa, é incluir exercícios pélvicos nas atividades físicas. Essa rotina pode tanto melhorar quanto prevenir a incontinência urinária.

Tipos comuns
Para entendermos um pouco sobre a disfunção, a fisioterapeuta explica que é necessário entender as diferenças das IU (incontinência urinária).

A primeira delas e mais comum é a por esforço, onde o paciente tem escapes de urina ao dar risadas, gargalhadas, tossir, erguer peso ou fazer alguma atividade que exigi pressão abdominal.

Já a IU de urgência, é quando a pessoa sente uma vontade enorme de urinar e não consegue chegar ao banheiro. E a mista, o paciente sente a mistura das duas.

“Isso interfere muito na vida diária e afeta a percepção geral da saúde. Mas, devido a vergonha de falar sobre o assunto, a grande maioria dos pacientes acredita que os sintomas faz parte do processo de envelhecimento do corpo. Porém, o Dia Mundial da incontinência Urinária, comemorado no dia 14 de março, é para lembrar sobre a importante conscientização sobre os sintomas e que também a doença pode ser tratada”, afirmou.

Tratamento
O primeiro passo para resolver a situação, é a pessoa procurar um profissional de saúde para ajudá-lo a identificar o tipo de incontinência que o organismo sofre e assim nortear o melhor tratamento.

“Esses dados são importantes para o diagnóstico, como por exemplo, o levantamento da história dos pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as características e a frequência da perda urinária. Outro recurso para observar a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob esforço é o exame urodinâmico, que é pouco invasivo”, detalhou.

Assim, logo em seguida, é possível introduzir os exercícios para ativar o assoalho pélvico, já que o mesmo ajuda a fortalecer e melhorar a estrutura muscular da região.

Conforme Aline, o tratamento pode ser feito através de recursos fisioterapêuticos e esse é considerado padrão ouro, ou seja, tratamento de 1° linha para IU.

“No consultório o fisioterapeuta pélvico se beneficia de diversas técnicas existentes com embasamento científicos para ajudar o fortalecimento do assoalho pélvico. Dentre eles estão: biofeedback, cones vaginais, gameterapia, kegel. Fora isso, o profissional também orienta que sejam associados exercícios específicos que a pessoa tenha com frequência, como por exemplo, limpar uma casa, dançar, atividades físicas, dentre outras diversas técnicas de cinesioterapia (terapia do movimento). Tudo isso na simples intenção de orientar que perder urina nunca é e nunca será normal”, finalizou.