Revelado pelo Santos e com passagens por Ponte Preta e Corinthians, o ex-meia Piá, que foi ídolo do Mixto nos anos 90, realmente escolheu o caminho do crime após pendurar as chuteiras. Após alguns anos longe dos assaltos, o ex-jogador voltou a ser preso na madrugada deste sábado (23) em Cordeirópolis, interior de São Paulo.

Em contato com a Delegacia Geral de Polícia da cidade, o Portal Futebol Interior apurou que Piá já vinha sendo monitorado a alguns dias, depois de uma denúncia anônima de que ele estava atuando na cidade. Além do carro dele, Fiat Palio Vermelho, ter sido flagrado pelo sistema de câmeras e segurança da cidade, em alguns dos roubos a caixa eletrônico na cidade, nos últimos meses.

Ex-meia de Ponte Preta e Corinthians, Piá é preso mais uma vez (Fotos: Guarda Municipal de Corderópolis)

Ex-meia de Ponte Preta e Corinthians, Piá é preso mais uma vez (Fotos: Guarda Municipal de Corderópolis)

Até que na madrugada deste sábado, o sistema alertou aos policiais que o veículo estava adentrando a cidade. Diante desta informação, em uma ação conjunta, a Polícia Militar e a Guarda civil Metropolitana encontraram o veículo que estava estacionado na região central.

Minutos depois, porém, Piá voltou ao carro e foi flagrado pelos policias com um dispositivo que é usado neste tipo de golpe de ‘chupa cabra’, além de alguns envelopes. Questionados, o ex-jogador e mais um comparsa admitiram que esta já era a segunda agência que a dupla passava no dia. Ao todo, foram encontrados com eles, um cheque no valor de R$ 8.300,00 e R$ 141 em dinheiro.

Piá foi autuado em flagrante por tentativa de furto a caixas eletrônicos e posteriormente encaminhado novamente para a detenção.

CARREIRA
Reginaldo Rivelino Jandoso, o Piá, agora tem 46 anos e de jogador virou um bandido. Como jogador ele apareceu bem no Santos, mas brilhou com a camisa da Ponte Preta entre 1999 e 2003. Foi na época, a maior contratação da história do clube, por R$ 1,5 milhão de reais. Depois ele ainda vestiu a camisa do Corinthians. Atuou rapidamente pelo Coritiba e depois entrou em fase descendente passando por Bragantino, Portuguesa, Santa Cruz.

No final de carreira atuou em clubes do interior paulista como União Barbarense, Internacional de Limeira, Rio branco de Americana e União São João de Araras, onde pendurou as chuteiras, em 2011. Lá tentou ser treinador, com destaque para a passagem pelo Independente de Limeira, mas não vingou.

No Mixto

Piá foi ídolo do Mixto, na década de 90, onde jogou por duas temporadas após ter sido revelado pela Ponte Preta de Campinas. Seu futebol refinado o levou a defender o Corinthians.

Piá parou de jogar em 2011, pelo Aparecidense-GO. O auge da carreira foi entre 1999 e 2003, quando fez parte do time da Ponte que atingiu as semifinais do Paulistão e também da Copa do Brasil, além das quartas do Brasileirão e no Mixto, onde conquistou títulos e fama.

Já as passagens por Corinthians e Santos foram bem mais discretas. Pelo Timão, atuou apenas sete jogos durante o Brasileirão de 2004 antes de ser liberado pelo clube.

Após jogar no Mixto, foi comprado pelo Santos em 1996, mas nunca se firmou e acabou repassado a outros times até ser comprado novamente pela Ponte Preta, em 2000.

Além de Mixto, Ponte Preta, Corinthians e Santos, ele defendeu, entre outros clubes, Portuguesa, Santa Cruz, Coritiba, Inter de Limeira, Bragantino, São Raimundo, Rio Preto e Independente de Limeira, entre outros. Foram 26 clubes ao todo durante a carreira. Como treinador, dirigiu Independente, Novoperário, Batatais e Paraíba do Sul-RJ mais recentemente. (Com informações do Futebol Interior)