O ex-dirigente do Cruzeiro, Sergio Nonato, teve o carro atacado e danificado na manhã desta terça-feira, na rua Formiga, no bairro Lagoinha, região Noroeste de Belo Horizonte. Segundo informações do boletim de ocorrência e de imagens obtidas pela reportagem, um carro branco fechou o veículo do ex-dirigente, quatro pessoas partiram para o ataque e começaram a danificar o automóvel com pedras e socos.

As imagens mostram que duas pessoas desceram do carro branco e outras duas, que estavam em um carro atrás do de Sérgio Nonato, realizaram o ataque. O para brisa do veículo de Serginho ficou danificado.

O agora conselheiro do Cruzeiro afirmou, pelas primeiras informações do boletim de ocorrência, que os indivíduos fazem parte de uma torcida organizada e que fugiram logo após o ataque. Ninguém ficou ferido.

Carro de Sérgio Nonato danificado após ataque — Foto: Reprodução

Carro de Sérgio Nonato danificado após ataque — Foto: Reprodução

Um pedido de exclusão de Sérgio e Wagner Pires de Sá (presidente que renunciou em dezembro de 2019), do conselho deliberativo do Cruzeiro, foi realizado pelo presidente Sergio Santos Rodrigues, em agosto. Mas ainda não houve decisão.

Outro ex-dirigente também já teve o seu carro danificado. O episódio ocorreu em outubro, quando um torcedor atirou um objeto não identificado no carro de Itair Machado, ex-vice-presidente de futebol, que arrancou rapidamente para evitar mais tumulto. A ação foi filmada pelo próprio torcedor.

Em novembro do ano passado, a Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais e instaurou processo criminal na 7ª Vara contra Sergio Nonato, Itair Machado e Wagner Pires de Sá, além de outras seis pessoas. O processo trata de crimes de lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Segundo levantamento do Ministério Público de Minas Gerais (MPPMG), o prejuízo causado ao Cruzeiro é de cerca de R$ 6,5 milhões.

Punição

Caso as pessoas que atacaram o carro de Sérgio Nonato sejam identificadas, elas poderão ser denunciadas no Artigo 163 do Código Penal, que trata sobre destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, com pena de detenção de um a seis meses, ou multa. Um advogado ouvido pelo ge ainda explicou que, pela agressão ter sido motivada por futebol, os indivíduos podem ser enquadrados no Inciso IV do Artigo 163:

IV – Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima

Pena: detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência (Globo Esporte)