Um momento de extrema tensão. Qualquer desestabilizada pode ser fatal. E passa por aí o segredo de Everson nas disputas de pênaltis. Nesse domingo, ele venceu mais uma pelo Atlético-MG. Foram 24 cobranças até o goleiro defender a batida de Vitinho e fazer o Galo campeão da Supercopa do Brasil, em Cuiabá.
A disputa terminou 8 a 7, depois de um empate por 2 a 2 no tempo regulamentar. Os dois times acertaram a primeira série de cinco chutes. Começou então, a hora mais dramática. Everson analisou a disputa emocionante emocionante.
“A gente sempre analisa todos os batedores, mas tem muito feeling do goleiro. Procurei sempre desestabilizar os batedores do Flamengo para que eu pudesse estar mais preparado naquela ocasião tensão” – disse o goleiro, durante participação no Globo Esporte.
O primeiro a errar foi o Atlético, com Guga. Mas Everson também defendeu a cobrança rubro-negra. Conhecido pelo domínio do jogo com os pés, Everson também bateu, e errou.
– Foi a primeira vez que errei um pênalti. Tinha feito quatro cobranças antes. Foi a primeira vez que errei. Passou pela minha cabeça que eu tinha que estar concentrado, que eu tinha uma chance de mudar essa história.
E ele defendeu o pênalti de Matheuzinho. Mariano e Godín também falharam nas cobranças. O Flamengo teve quatro chances de levar a taça. Os cariocas desperdiçaram. Após 11 batidas, uma nova série foi iniciada com Hulk, que marcou. Vitinho foi para a bola e Everson pegou. Galo campeão.
Everson saiu correndo pelo gramado, festejando. Agarrou a bola e a escondeu dentro da camisa. Mas nada de uma chegada de um futuro herdeiro. Ele só queria levar para casa a bola do título da Supercopa.
– Eu quis agarrar a bola pra ter uma lembrança. Não queria deixar ela no meu braço. Alguém poderia dar um tapa e a bola sumir no meio daquela confusão. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi colocar a bola debaixo da camisa. Não vamos ter o quarto filho ainda – brincou. (GE)