Em meio ao imbróglio envolvendo VLT e BRT, o ex-governador Júlio Campos (União) disse que era e sempre foi a favor do modal VLT. Na avaliação do ex-senador, com pouco mais de R$ 600 milhões o Estado poderia ter concluído a obra que já custou R$ 1,1 bilhão aos cofres públicos. “Eu acho que foi um erro grave o ex-governador Pedro Taques não ter dado continuidade nessa obra”, disse.
Para Campos, os embates políticos e administrativos entre o governador Mauro Mendes (União) e a Prefeitura de Cuiabá até as últimas instâncias da Justiça impossibilitaram também a implantação do BRT, opção oferecida pelo atual governador.
Segundo o Júlio, o governador Mauro Mendes decidiu não dar continuidade ao VLT por causa dos casos de corrupção, desacertos e “pela coisa errada” que havia sido feita.
“Hoje é uma obra judicializada, é uma obra que tem demanda na Justiça federal, no TCU (Tribunal de Contas da União) e as empresas acionadas na Justiça estadual”, relembrou.
No último dia 16 de maio, o pleno do TCU manteve a decisão que determinou a suspensão de todos os trâmites para o início das obras do BRT em Cuiabá e Várzea Grande. Agora só resta o governo do Estado ingressar com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a situação.
Júlio lembrou que até que uma decisão não seja tomada de forma definitiva, a população de Cuiabá e Várzea Grande continuará sofrendo. Ele diz ainda que o caso de Várzea Grande é ainda pior, já que o trânsito tem piorado a cada dia, assim como o crescimento nos índices de mortes e acidentes.
“Deus queira que haja uma luz divina orientando os dirigentes da cidade, do município, do estado para que cheguem a um consenso que beneficie o povo varzeagrande e o povo cuiabano”, finalizou.