A estratégia utilizada pelo Corpo de Bombeiros Militar no combate aos focos de incêndio em Mato Grosso tem conseguido reduzir significativamento os danos causados pelo fogo em várias áreas de preservação no Estado. Somente neste ano, as equipes terrestres, com o apoio de aviões, conseguiram combater os incêndios nos Parques Estaduais Serra de Ricardo Franco, em Vila Bela, Chapada dos Guimarães, Cabeceiras do Cuiabá, em Nobres, e na Serra da Petrovina, em Rondonópolis, além de áreas de plantio.
Trabalhando em conjunto com o Batalhão de Emergências Ambientais, o Grupo de Aviação Bombeiro Militar atua tanto no combate aéreo aos incêndios, quanto orienta as equipes em terra, uma vez que os pilotos conseguem uma visão mais ampla da ocorrêcia. É a chamada coordenação terra-ar e tem sido uma estratégia eficiente na redução de danos causados pelo fogo.
O Grupo de Aviação, no entanto, só é acionado quando os recursos de combate por terra não são suficientes para controlar as chamas. Essa deficiência nos recursos pode ser a dificuldade de acesso para as guarnições terrestres, logística de abastecimento e o tempo-resposta. Numa operação de combate aéreo é fundamental ter pistas de pouso e decolagem em uma distância que garanta a segurança da ação e que possibilitem o abastecimentos das aeronaves.
“Dependendo da dimensão da ocorrência, é necessário reabastecer a aeronave com água várias vezes. Numa situação de combate a incêndios florestais o grupo tem feito de 15 a 20 lançamentos por dia”, conta o tenente-coronel Gledson Bezerra, do Corpo de Bombeiros Militar.
O Grupo de Aviação Bombeiro Militar foi criado em 2010 e está equipado com dois aviões Air Tractor, modelo AT802F, com capacidade total para 3,1 mil litros de água.