O goleiro Bruno ficou “extremamente triste, sem dormir e sem comer” quando soube da desistência da contratação do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense (CEOV) nesta quarta-feira (22). A informação foi passada pela advogada Mariana Migliorini, em entrevista ao Jornal O Tempo, de Minas Gerais, nesta quinta-feira (23). Para ela, estão ‘crucificando’ Bruno e que querem ele morto, mesmo após ter cumprido a sua pena.
Para a advogada, “os empresários de Várzea Grande não querem ter o nome do Bruno vinculado a eles por conta da repercussão social”. Na visão da defensora, “Estão querendo ele morto. Isso não é pena, não é algo civilizatório. O Bruno já cumpriu a pena, Deus perdoa. A sociedade não”, afirmou.
A contratação de Bruno já estava sendo considerada a maior do futebol mato-grossense em 2020 e acabou não indo adiante devido a manifestos e perdas de patrocínios do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense, que pretendia assinar contrato com o goleiro Bruno ex-Flamengo, ainda essa semana.
O CEOV emitiu uma nota menos de 24 horas após mulheres se reunirem em frente ao Estádio Dito Souza, para manifestar contra a contratação do atleta. O local escolhido pelas manifestantes, foi o estádio onde o CEOV estreou pelo Campeonato Mato-Grossense contra o Poconé e venceu a partida por 1 a 0.
Além do manifesto feminino, outra situação que fez com que o CEOV recuasse na contratação. Dois patrocinadores (Banco Sicredi e Eletromóveis Martinelo) pediram a retirada da marca da camisa do Operário. Uma terceira empresa, a Locar Gestão de Resíduos, estava em vias de romper com o clube, fato que deixou a situação insustentável, tendo em vista que o clube necessita do dinheiro para arcar com viagens e folha salarial do time.
Bruno havia conseguido autorização da justiça de Minas Gerais para se mudar para Mato Grosso e cumprir o restante da pena em Várzea Grande, onde iria morar e trabalhar. (Com informações do Jornal O Tempo)