De acordo com boletim informativo nº 137 da situação epidemiológica da Covid-19 em Mato Grosso, divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), na quinta-feira (23), Cuiabá saiu da classificação de risco “muito alto” de contaminação pelo coronavírus para risco “alto”, com taxa de crescimento da contaminação em 4,73%.

Para o prefeito Emanuel Pinheiro, os números demonstram que a Prefeitura de Cuiabá tem feito o dever de casa, tomando medidas rígidas no intuito de prevenir e combater a proliferação do coronavírus, com fiscalizações intensas em todas as regiões da cidade, aumento no número de leitos de UTI exclusivos para Covid-19, barreiras sanitárias, distribuição do kit Covid para pacientes com casos leves da doença, entre outros. Mas Pinheiro aponta também que é preciso apoio da sociedade para continuar avançando e vencer a pandemia. “Cada um tem que ser consciente do que está fazendo, se puder ficar em casa, não sair sem máscara, proteger os grupos de risco, usar álcool em gel, manter a higiene pessoal e familiar, lavando as mãos com água e sabão frequentemente, não participar de aglomerações em festinhas e churrasquinhos”, apela.

Histórico

O comparativo percentual de casos confirmados de Covid-19 entre Cuiabá e Mato Grosso mostra que, no dia 5 de abril, Cuiabá chegou a representar 63% dos casos confirmados no estado. Foi o auge dessa relação comparativa. No dia 30 de abril, essa marca já havia caído para 44%. Naquele dia, Mato Grosso tinha 302 casos confirmados, sendo 134 na Capital.

Em 31 de maio, Mato Grosso tinha 2.485 casos confirmados da doença, enquanto Cuiabá tinha 747, ou seja, 30% dos casos em relação ao estado. Ao entrarmos no mês de junho, o percentual de casos confirmados de Covid-19 em Cuiabá em relação a Mato Grosso, oscilou entre 29% e 30% na primeira quinzena. Desde então começou a cair e, chegando agora a 22% dos casos de Covid-19 no estado.

Os números apontam que o vírus está se interiorizando. Isso porque, conforme o prefeito Emanuel Pinheiro, “o interior não está tendo apoio e, como 80% dos municípios são de pequeno e médio porte, que não têm recursos, não tem estrutura técnica, não têm condições de sozinhos combater uma pandemia na proporção e na força da Covid-19”, afirma.