Uma pesquisa inédita realizada pelo Centro Interdisciplinar de Pesquisas em Esporte e Exercício Físico (CIPEEF), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), confirmou o que já vínhamos falando de forma empírica: escolas que incentivam o esporte têm melhor desempenho no processo de aprendizagem.
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A pesquisa vem sendo realizada junto às escolas que participam dos Jogos Escolares da Juventude, realizados com apoio do Governo do Estado. Mostra que as escolas que incentivam a prática esportiva regular nesse tipo de campeonato têm melhor desempenho do que as outras escolas públicas de Mato Grosso e do país em geral no caso do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB).
Como profissional de Educação Física e apaixonado pela prática esportiva, sempre defendi essa tese. E fico muito animado com esse tipo de estudo porque reforça o que vínhamos falando como professor da rede estadual, vereador, deputado ou secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer, ou seja, há uma relação indissociável entre esporte e saúde, e também o processo educacional e desempenho das funções cognitivas.
O Ideb das escolas de ensino fundamental participantes dos Jogos Escolares em 2016 foi de 4,77 – enquanto que média estadual era de 4,6 e a nacional, de 4,5. Já nas escolas de ensino médio participantes da competição a média foi de 4,33 – também superior às pontuações do Estado e do país, que foram de 3,2 e 3,7, respectivamente.
A pesquisa tem como título: “A experiência e percurso da formação esportiva dos jovens atletas do Estado de Mato Grosso” e é desenvolvida desde 2016. Tem apoio da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat), Ministério da Cidadania via Secretaria Especial do Esporte e da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel/MT).
O projeto conta com 15 pesquisadores, dentre graduandos, mestrandos e doutorandos de diferentes especialidades da educação física, como antropometria, fisiologia do exercício e pedagogia do esporte e de outras áreas do conhecimento. É coordenado pelo professor Riller Silva Reverdito e levará em consideração dados do prazo de 5 anos. Em quatro anos, já foram feitas mil avaliações, incluídas coleta de dados físicos e entrevistas com estudantes, professores e árbitros.
Os dados já nos mostram que a prática esportiva deve ser oportunizada ao maior número de pessoas, uma vez que pode facilitar a aprendizagem e melhorar a saúde física e mental. O esporte deve ser visto pelo poder público e toda a sociedade não apenas como ferramenta de lazer e sociabilização, mas também instrumento pedagógico que potencializa as competências técnicas, sociais e comunicativas.
*ALLAN KARDEC PINTO ACOSTA BENITEZ é profissional de Educação Física, Delegado do CREF 17, professor da rede estadual de Educação, Especialista em Gestão Educacional, Mestre em Estudos de Cultura Contemporânea, Doutorando em ECCO/UFMT, membro do Instituto Histórico e Geográfico (IHGMT); deputado Estadual pelo PDT e Secretário de Estado de Cultura, Esporte e Lazer e Cultura.
CONTATO: www.facebook.com/allan.k.benitez