Raríssimo de acontecer, todos os mandantes são favoritos nesta rodada. O destaque fica para o Fortaleza, que conta com 68% de potencial de vitória em casa contra o Vasco. Segundo maior favorito da rodada, o São Paulo tem 56% de chances de sair de campo com os três pontos ao receber o Goiás, que no entanto tem potencial para surpreender no jogo aéreo. As projeções são do ‘Espião Estatístico’ do GE.

E uma coisa muito rara é o ‘Espião’  colocar o Cuiabá como favorito em algum jogo, mesmo que em casa. Talvez por não acreditar na equipe cuiabana. Desta vez, a projeção aponta para vitória do Dourado na Arena Pantanal (Veja mais abaixo).

 — Foto: Infoesporte

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Analisamos 95.181 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 3.869 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Athletico-PR

 

  • O Grêmio dá trabalho quando visitante nesse duelo. Em 15 jogos, venceu cinco fora de casa e perdeu seis pela Série A desde 2006. Nos últimos cinco anos, o Athletico-PR venceu três e perdeu duas em casa. Desta vez, o Athletico-PR tem a segunda melhor eficácia mandante, com um gol a cada 6,4 tentativas, e o Grêmio tem a 11ª resistência visitante, com um gol sofrido a cada 10,2 conclusões contrárias.
  • Athletico-PR e Grêmio fizeram e o Athletico-PR sofreu sete dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros. O Grêmio sofreu metade pelo alto e metade por baixo, mas em quatro dos últimos cinco gols que o Grêmio sofreu a bola viajou pelo alto. A tendência é o jogo ser muito mais rasteiro que aéreo.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Fortaleza

 

  • O Fortaleza é o time com mais finalizações em contra-ataques (26) e também com mais gols (três, sendo dois quando mandante, como nesta rodada). O Vasco já sofreu 14 finalizações dessa forma (12ª marca), e sofreu três gols em contragolpes, pior marca, dois quando visitante em oito finalizações sofridas.
  • O Vasco tem potencial fazer gol a partir de jogadas aéreas porque fez assim oito dos últimos dez gols (e 14 dos últimos 16), e o Fortaleza sofre assim cinco dos últimos sete gols. Mas o Fortaleza fez em jogadas rasteiras sete dos últimos dez gols, e o Vasco sofreu assim seis dos últimos dez.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Flamengo

 

  • Potencial para gol do Flamengo a partir de jogada aérea porque fez os últimos quatro gols e sete dos últimos dez dessa forma, e foi assim que o Cruzeiro levou seis dos últimos dez gols. O Cruzeiro fez seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e o Flamengo metade dos últimos dez gols por baixo e metade pelo alto.
  • O Cruzeiro é o melhor visitante deste iníco de Brasileirão, com duas vitórias e uma derrota (67%). A equipe mineira é a segunda com mais finalizações de dentro da área (67), e o Flamengo, a terceira (64). As equipes fazem 58% das finalizações de dentro da área, de onde é menos difícil marcar, quarta maior influência.

 

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

*Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Cuiabá

 

  • O Cuiabá é o segundo pior mandante (0 V, 1 E, 2 D, 11%), com o pior ataque (2 gols marcados média 0,67) e a segunda pior defesa caseira (7 gols sofridos, média 2,33). O Coritiba é o pior visitate (0 V, 0 E, 3 D). Está com a 11ª média de gols (1,00 com três gols feitos). Defensivamente, é o pior visitante, com média de 3,0 gols sofridos por partida (nove gols sofridos).
  • As duas equipes estão empatadas como segundas que menos finalizam, com média de 11,1 finalizações. Cuiabá e Coritiba marcaram seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, e o Coritiba sofreu dessa forma sete dos últimos dez gols. O Cuiabá sofreu metade por baixo e metade pelo alto.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> São Paulo

 

  • É incrível como Dorival Júnior fez o São Paulo jogar com bolas rasteiras, com nove dos últimos dez gols (e 13 dos últimos 15) feitos dessa forma. O último jogo sob o comando de Rogério Ceni foi contra o Puerto Caballero, último adversário de novo do São Paulo. Dos últimos 15 gols feitos sob o comando de Ceni, nove foram marcados em jogadas aéreas e seis rasteiros (contra 13 com Dorival).
  • O Goiás sofreu seis dos últimos dez em jogadas rasteiras, mas tem potencial para surpreender pelo alto porque o Goiás fez a partir de jogadas aéreas oito dos últimos dez gols, mesma influência dos gols sofridos pelo São Paulo, oito em dez após jogadas aéreas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Corinthians

  • O Fluminense é o quinto visitante que menos finaliza (10,0), e o Corinthians, o quinto mandante que menos permite finalizações (9,7), mas o Fluminense é o terceiro visitante mais eficaz, com um gol a cada 5,7 chances. O Fluminense descansou jogadores no meio de semana pela Libertadores, enquanto o Corinthians se desgastou na Argentina.
  • O Corinthians marcou e o Fluminense sofreu sete dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros. É de se esperar que o Corinthians busque assim o gol. O Fluminense fez seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéras, mas o Corinthians levou quatro dos últimos dez dessa forma e dois dos últimos cinco.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Internacional

 

  • Até aqui, a verdade é que as duas equipes estão muito ineficientes nesta configuração de mando: o Internacional é o sexto pior ataque caseiro, com um gol a cada 14,7 tentativas, com média de um gol por jogo, e o Bahia, o quarto pior visitante, um gol a cada 17,5 tentativas, com 11,7 finalizações por jogo.
  • O Internacional fez e sofreu seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros, e o Bahia marcou e levou oito dos últimos dez gols da mesma forma. É de se esperar que as equipes cheguem ao ataque principalmente em jogadas rasteiras.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Bragantino

 

  • É de se esperar por um jogo muito brigado porque o Santos é o time que mais desarma no Brasileirão, com média de 20,9 por jogo, e o Bragantino o time que mais faz faltas, 19,0. Na soma entre desarmes e faltas, o Santos é o mais combativo, com 36 ações por jogo, e o Bragantino o quinto, com 34,7.
  • Bragantino e Santos marcaram sete dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros. O Bragantino levou seis dos últimos dez gols dessa forma, e o Santos levou metade pelo alto e metade por baixo entre os últimos dez gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

  • No agregado dos mandos, o Atlético-MG é a equipe que menos permitiu finalizações a adversários (9,1 por jogo), e o Palmeiras, o segundo que menos (9,4). Em casa, o Atlético-MG só levou 6,3 finalizações por jogo, melhor marca, e fora de casa, o Palmeiras só sofreu 11,3, melhor empatado com o Atlético-MG, que tem sofrido um gol por jogo em casa (a cada 6,3 conclusões contrárias), e o Palmeiras fora levou um gol cada 17 finalizações sofridas.
  • Atlético-MG e Palmeiras sofreram e o Palmeiras marcou metade dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros e metade em jogadas aéreas, e o Atlético-MG marcou seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas.

 

 — Foto: Espião Estatístico

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Favorito >> Botafogo

 

  • O América-MG é o visitante que mais finaliza no Brasileirão, com média de 16,0 arremates por partida, mas vem precisando de 12,0 tentativas para fazer um gol fora de casa, 11ª marca forasteira. O líder Botafogo é o quinto mandante que mais finaliza (17,0), com potencial para dois gols por partida, com um gol a cada 8,5 chances, sétima eficiência caseira.
  • O Botafogo marcou seis e sofreu sete dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o América-MG marcou metade dos últimos dez gols pelo alto e metade por baixo e sofreu seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros.

 

Metodologia

 

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2023 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos oficiais, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 95.181 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.869 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Vitória Lemos. (Espião Estatístico/GE)