19 desde a volta das aulas presenciais, no dia 2 de agosto. Mesmo com as duas doses da vacina contra a doença, os profissionais da educação foram os que mais se contaminaram, 197 trabalhadores da área foram infectados nesse período.
Além disso, nas 203 escolas estaduais, 170 alunos também se contaminaram com a Covid-19 no sistema híbrido.
Na escola André Avelino Ribeiro, em Cuiabá, os cuidados de biossegurança são seguidos com álcool em gel disponível na entrada da escola, marcação para filas no chão e distanciamento dos alunos nas salas de aula.
De acordo com a diretora da escola, Telma Bezarra Cavalvanti, as salas de aula possuem, no máximo, 15 alunos para evitar a contaminação.
“Esse controle está sendo possível considerando que nós não estamos trabalhando com a capacidade total. O máximo de alunos dentro da salas é 15, mas têm algumas que variam um pouco com 10 ou 12 alunos”, contou.
Desde a retomada das aulas presenciais, a escola teve poucos problemas relacionados à Covid-19. Somente um caso de infecção até o momento foi confirmado.
“Tivemos um caso que foi avisado pela mãe. A aluna tinha vindo no dia anterior e no outro dia a mãe ligou avisando que ela tinha testado positivo. Suspendemos toda a turma e estão tendo aulas remotas pelo período de 14 dias”, disse.
De acordo com o superintendente de relacionamento das escolas, Saulo Scariot, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) preparou um protocolo chamado “bolha” para quando casos do novo coronavírus são registrados.
“Quando um profissional da educação é contaminado, ele é afastado e é substituído. Quando um aluno é contaminado, ele é afastado pelo que nós chamamos de ‘bolha’. Temos o grupo A e B, o A vai à escola na primeira semana e o segundo na outra semana. Se o contaminado está no grupo ‘A’, todo o grupo é afastado por 14 dias”, explicou.
A terceira semana de aulas foi a que registrou mais casos da doença, foram 113 infecções. Nas últimas semanas, entre os dias 31 de agosto e 3 de setembro, foram 40 registros em todas as 720 escolas do estado e o número de casos vêm caindo.
“Fazemos um monitoramento diário em todas as escolas e o que percebemos é que os casos estão descendentes, então estão caindo dentro das unidades escolares”, disse.
Os profissionais da educação já foram vacinados com as duas doses e para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Valdeir Pereira, agora é a hora de pensar também na imunização dos alunos.
“O próximo passo que a gente espera dos órgãos governamentais é a autorização da imunização desses estudantes para que nós não tenhamos dentro do espaço da escola, um local propício para a proliferação da Covid-19”, contou.