O crack é uma pasta de cocaína misturada a éter e bicarbonato de sódio. Essa mistura é feita sob água quente. Quando resfriada, ela empedra. Por isso, a droga é fumada em cachimbo. Assim como a cocaína, o crack aumenta a produção e a liberação de dopamina, o neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Por ser fumado, o crack chega mais rápido ao cérebro e vicia mais rápido também, pois seu efeito é mais intenso.

Como Mato Grosso possui mais de 750 quilômetros de fronteira seca com a Bolívia, segundo maior produtor mundial de cocaína, fica suscetível ao intenso trânsito da Droga. A projeções de estudios  indicam que, para cada quilo droga aprendido em Mato Grosso, especialmente pasta-base de cocaína, maconha e cocaína, passam pelas autoridades policias pelo menos 25 vezes mais.

É por isso que algumas autoridades apontam que Mato Grosso, principalmente a Região Metropolitana de Cuiabá e e os municípios de fronteira, enfrentam verdadeira “epidemia” de dependência química, em todas as idades e classes sociais. O próprio poder público já reconhce a sua impotência, diante de tal quadro dramático.

Em sendo assim, portanto,  é  essencial entender os defeitos maléficos da droga. Portanto, a cocaína, quando cheirada, a cocaína passa pelo nariz e pelo sistema respiratório. Algumas partículas se perdem durante esse percurso. “No crack, a cocaína vai imediatamente para os pulmões, onde os alvéolos jogam a droga direto no sangue e no cérebro”, diz o psiquiatra Thiago Fidalgo, da Universidade Federal de São Paulo.

A droga é aspirada e chega aos alvéolos do pulmão, que a empurram para as vias sanguíneas. Em 15 segundos, ela chega ao cérebro. Lá, o crack aumenta a produção de dopamina e libera de uma só vez todo o estoque desse neurotransmissor. Essa “overdose” provoca euforia.

Quando o efeito passa, dez minutos depois da tragada, os estoques de dopamina no cérebro ficam reduzidos. Aí, o cérebro sente a necessidade de voltar à euforia alcançada antes. É a dependência.

Como ajudar um dependente de crack

Reconheça que o outro tem uma doença e não apenas um desvio de comportamento. Às vezes, o próprio viciado não procura ajuda porque tem vergonha. Não o julgue para não bloquear essa comunicação.

Procure um centro de apoio: o consumo de drogas muitas vezes é uma válvula de escape. Por isso, o dependente e os familiares devem conversar entre si e com psicólogos para entender as causas do vício.

Em Cuiabá e Várzea Grande, instituições  como os Centros de Apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad) oferecem ajuda de graça nas principais cidades. Os endereços podem ser obtidos pelo telefones 0800-611997 ou (65) 3661-1801 / (65) 98134-3548.