A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários (Defaz), apurou que um dos principais operadores do esquema investigado na Operação Bomba Fantasma, sobre fraudes ao fisco estadual, utilizou um ‘laranja’ para administrar a sociedade.
Contudo, os outros sócios não reconhecem a entrada na empresa, o que aponta indícios de que as assinaturas foram falsificadas.
A Operação Bomba Fantasma foi deflagrada pela Polícia Judiciária Civil, no último dia 6, para desarticular uma organização criminosa formadas por empresários do segmento de combustíveis e empresas de transportes que vendiam notas fiscais para transportadoras para o aproveitamento de crédito fiscal. Foram cumpridas 30 ordens judiciais deferidas pela juíza Ana Cristina Silva Mendes, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, a Defaz.
De acordo com o delegado Rafael Scatolon, a unidade especializada ouviu dez envolvidos no esquema e foi apurado que um dos operadores do posto ‘fantasma’ era um dos principais responsáveis na organização criminosa que utilizou um ‘laranja’ para operar o esquema.
O delegado titular da Defaz, Walter Fonseca de Melo Junior, explica que também que o mesmo suspeito, empresário reconhecido no segmento de combustível, já se utilizou de nome falso para abertura de empresas do mesmo ramo do que é investigado na operação.
A investigação conjunta da Defaz, Comitê de Recuperação de Ativos (Cira) e Secretaria Estadual de Fazenda identificou que, em 2018, pelo menos quatro postos de combustíveis realizaram a venda de milhares de litros de diesel a transportadoras sem que houvesse efetiva circulação da mercadoria, ou seja, sem o abastecimento na bomba.
Com a auditoria realizada pela Coordenadoria de Fiscalização de Combustível, Comércio e Serviços da Sefaz e o aprofundamento das investigações pela Delegacia Fazendária foi apontado que dos quatro postos, três pertencem ao mesmo grupo de empresários, e que um posto, na cidade de Alto Garças, foi responsável por realizar a venda de 10,7 milhões de litros de óleo diesel, sem adquirir um único litro para seu estoque, reforçando apenas a venda da nota fiscal fictícia.