Um empresário de 56 anos, que atua no ramo de compra e venda de sucatas, foi preso nesta sexta-feira (26) pela equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Várzea Grande suspeito de comprar 600 metros de fios de cobre furtados de uma residência foram por adolescentes e crianças.
Conforme a investigação da Derf, na quinta-feira (25), quatro adolescentes e duas crianças de nove anos escalaram até o telhado da residência da vítima, invadiram a casa e furtaram praticamente toda a fiação elétrica.
Depois, foram a uma empresa de compra e venda de sucatas, situada no mesmo bairro, a duas ruas da casa da vítima, e venderam a fiação ao proprietário do comércio.
A vítima não havia registrado o boletim de ocorrência. Nesta sexta-feira, os adolescentes retornaram à residência e furtaram o restante da fiação e venderam para a mesma empresa.
Pela terceira vez, o grupo de adolescentes foi à casa para verificar se ainda havia mais algum produto que pudessem furtar, quando a vítima foi alertada por vizinhos e surpreendeu os adolescentes e as crianças no local, que tentaram fugir, mas foram impedidas.
A vítima acionou a equipe policial, que foi ao local e indagou aos adolescentes sobre a empresa para a qual venderam os produtos furtados.
O grupo de menores de idade informou o estabelecimento. Os investigadores apreenderam parte do produto furtado e receptado pelo empresário.
Conforme informações da vítima, além do prejuízo com o material furtado (fiação, tomadas e lâmpadas), avaliados em R$ 3 mil, ainda terá que arcar com o custo da mão-de-obra, orçado em cerca de R$ 1.200.
A delegada titular da Derf, Elaine Fernandes, observa que os índices de furtos de fios de cobre refletem a postura criminosa de alguns empresários que adquirem os produtos para a revenda, mesmo cientes de que são de origem ilícita.
“Pensam somente no lucro, não se preocupando com o impacto de sua conduta criminosa na sociedade. E esse caso é ainda mais grave, pois, o empresário adquiriu os fios de cobre das mãos de crianças e adolescentes, tendo pago um valor irrisório, de R$ 12, mesmo sabendo que o produto possui alto valor de mercado. E pela idade do conduzido, certamente já possui experiência suficiente para saber que crianças e adolescentes não teriam o consentimento de seus pais para terem acesso a todo esse material e, mais que isso, para efetuar a venda desse produto, ou seja, o empresário sabia que estava adquirindo produto de origem ilícita”.