A empresária Jessika Aldrey Germiniani, de 26 anos, teve que ser internada em um hospital após sofrer uma perfuração em seu pulmão durante uma sessão de acupuntura, no município de Sorriso, em Mato Grosso. Ela só procurou o hospital horas depois da sessão, com dor e falta de ar, e teve que passar por uma cirurgia de emergência.
Em seu perfil no Instagram Jessika fez uma postagem, na tarde de ontem (13), do Hospital 13 de Maio, em Sorriso, agradecendo as mensagens que recebeu. A empresária recebeu flores. Ela disse: “agradecendo todo o carinho e preocupação, de quem tirou um tempinho para mandar uma mensagem ou fazer uma visita, vocês são especiais”.
Ao G1 Jessika contou que sentiu muita dor na sessão, mas a massoterapeuta disse que fazia parte do procedimento. Ela estava com dores no pescoço e por isso procurou a acupuntura, no início da semana. A empresária só procurou um médico horas depois do procedimento, já em estado grave.
A recomendação do Conselho Nacional de Saúde (CNS) é que os gestores e prestadores de serviços de saúde, “ao implementar políticas ou programas de saúde referentes às práticas integrativas e complementares, em especial, com a oferta de ações e serviços de acupuntura que procedam a contratação para esta e as demais práticas integrativas e complementares em saúde de forma multiprofissional em todos os níveis de assistência de acordo com o preconizado pela Política Nacional de Práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde”.
O caso de Jessika gerou discussões nas redes sociais, com questionamentos à lei que apenas exige cursos de especialização para atuação na área e o fato da terapia ser oferecida pelo SUS, mesmo que o terapeuta não precise ter formação superior em saúde e a acupuntura necessite de evidências sólidas de eficácia.