Saber lidar com a pressão será fundamental para o Cuiabá permanecer na elite do Campeonato Brasileiro mais uma vez. Um dos líderes do Dourado, Alan Empereur projetou quantas vitórias serão necessárias para a permanência e destacou o que o elenco precisa fazer para alcançar a meta: “Temos que blindar a mente”.
Com palavras fortes e em tom de confiança, o zagueiro concedeu entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira. Dentro do Z-4 desde a 20ª rodada, sem vencer há quatro partidas e atual penúltimo colocado, o Cuiabá está pressionado há algum tempo. Empereur garante que superar a pressão e usá-la a favor pode ser a chave para a mudança.
— Se a mente está blindada, você vai conseguir performar. E eu tenho tentado fazer muito isso. Uma vez uma frase me marcou muito: a pressão é um privilégio. Então você tem que saber lidar com essa pressão, todo mundo fala que aqui (no Cuiabá) não tem pressão, mas jogador de futebol é pressionado em qualquer lugar. A maior pressão é interna.
Lidar com a pressão pode ser um caminho para a reabilitação, mas a permanência na Série A só será conquistada caso o Dourado consiga fazer na reta final o que não fez em 27 jogos. São necessários, no mínimo, mais 18 pontos para a equipe ultrapassar a marca de 40 na tabela – o que já aumenta as chances de manutenção na elite.
Questionado sobre o cálculo para chegar ao objetivo, Empereur foi enfático.
— Eu acredito que tem seis jogos para ganhar. Desde duas ou três partidas atrás já estava com esse pensamento. A gente tem um jogo super importante contra o São Paulo, vai ser uma guerra. Mas temos que assumir a responsabilidade, colocar a cara, ganhar o jogo. Porque agora não tem mais tempo, tem que ganhar. Tem que fazer gol, ganhar o jogo, atacar e defender todo mundo junto.
— O empate está bom? Não, tem que ganhar o jogo. Para salvar tem que começar a vencer, só a vitória é importante. Agora já não adianta mais, é ganhar, lutar para ganhar seja de 1 a 0, meio a zero, temos que conseguir os três pontos.
No clube desde 2021, Empereur é um dos jogadores com mais tempo de casa. E o zagueiro garantiu que luta é o que não vai faltar para tentar buscar a quarta permanência consecutiva com a camisa auriverde.
— Eu vou dar o meu máximo. Se o Cuiabá cair, eu não sei se o clube vai querer ficar comigo. Então, eu estou dando o meu máximo para garantir que eu permaneça em uma cidade que eu gosto, em um grupo que eu gosto e que faz parte da minha vida, da minha carreira. Então, eu vou lutar com unhas e dentes. Se não acontecer, eu vou ter dado o meu máximo. O que me faz acreditar é a minha própria vida. Nada para mim foi fácil, então eu uso isso como um espelho para mim.
No sábado, somente a vitória interessa ao Cuiabá diante do São Paulo. Uma derrota pode deixar o Dourado mais distante dos primeiros fora do Z-4, além da possibilidade de terminar a rodada na lanterna.
— Tem uma batalha sábado, vai ser um jogo muito difícil, mas que a gente tem condição de ganhar. É um time super forte, que ganhou o clássico contra o Corinthians, está motivado. A gente tem que estar mais motivado que eles, com certeza, para tentar sair com os três pontos que vão ser cruciais para a gente. (GE)