Com o anúncio da imprensa nacional de cepa da covid, variante de interesse B. 1.216, até então inédita em território brasileiro, estar circulando em Mato Grosso, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) demonstrou, angústia, preocupação e ressaltou “eu avisei”, referente à oposição que fez à realização da Copa América na Arena Pantanal, em Cuiabá.

De acordo com a reportagem, o Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, revelou que amostras de testes colhidos em um colombiano e um equatoriano, jogadores de futebol de suas respectivas seleções, testaram positivo para nova cepa.

Colômbia e Equador se enfrentaram no dia 13 de junho na Arena Pantanal, ainda no início da Copa América.

Emanuel explicou que esse era o medo dele. Que mesmo que os jogos fossem sem público, os estrangeiros estariam circulando pela cidade, tendo contato com a população cuiabana, além de jornalistas e outras pessoas se aglomerando em hotéis ou na frente da Arena para ver os jogadores.

“Infelizmente, a notícia veiculada por um grande veículo de comunicação acaba sendo a confirmação de uma tragédia anunciada. Quando me coloquei contrário ao evento, muitos me criticaram e tentaram politizar minhas ponderações. Entendo que ter a realização de um mega evento esportivo, como uma Copa, é motivo de honra para qualquer cidade, mas em outra época”, disse o prefeito.

Emanuel ressaltou que as pesquisas já indicavam o risco de novas variantes e com ajuda do deputado federal Emanuelzinho, recorreu ao governo federal, pois, seria uma contrapartida mais do que justa que a população cuiabana recebesse uma compensação. No entanto, ainda segundo o prefeito, em meios às tratativas para que a Capital recebesse doses extras de vacina, Cuiabá foi boicotada.

“A decisão se limitou ao governo federal, estadual e à Confederação Brasileira de Futebol. O município teria de ter sido ouvido e quem paga as consequências, agora, são os munícipes. Eu gritei no deserto, pedi. Fizeram ouvidos moucos ao pleito. Dezenas de vezes, defendi que a estratégia – nesse momento – era desaconselhável. Tentei criar uma contrapartida, já que para o gestor da Capital não foi concedido o direito de Cuiabá opinar. E essa seria a compensação, receber doses extras”, desabafou o prefeito.