O presidente do Fórum Nacional das Atividades de Base Flroestal (FNBF), Frank Rogieri, defendeu uma reavaliação no processo de regularização no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para o crescimento do agronegócio brasileiro. A afirmação foi feita na última sexta-feira (11.10), durante reunião de representantes do setor que integram o Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão, industriais, produtores rurais e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em São Paulo.

Rogieri, que faz parte do conselho, lembrou que o número de propriedades rurais com o processo concluído ainda é baixo e o avanço é tímido. “O objetivo principal do CAR é verificar a conformidade dos com o Código Florestal. A demora em analisar os documentos enviados pelos produtores, constatando que a área de produção atende aos requisitos previstos na legislação tem atrasado o desenvolvimento do agronegócio brasileiro”.

Entre os problemas gerados pela demora na conclusão do processo do CAR, explicou Rogieri, estão a limitação na concessão do crédito, a restrição a propriedades que atendem a legislação, entre outras coisas. “Isso atrapalha muito o setor, porque reduz a nossa competitividade e afeta justamente quem mais se preocupa com a preservação ambiental que é quem faz da terra o seu sustento, o sustento de sua família”.

Entre os pontos de atenção para garantia do avanço do agronegócio, os presentes também debateram o Pacto Ecológico Europeu, conhecido como Green Deal, e seu impacto nas exportações brasileiras. Criado pela União Europeia, o pacto prevê que a Europa se torne neutra em emissão de gases de efeito estufa até 2050. Para isso o acordo prevê a proibição da venda ao bloco de produtos cultivados em áreas desmatadas.

Entre as empresas que participaram do encontro estão JBS, BRF, Cosan, FNBF, ABCZ, Cutrale, CropLife, Syngenta, Bayer, ANEA, ANEC, Sociedade Rural Brasileira, Sumitomo, ABAG e CMT Advogados.

Combustível do futuro

Antes da reunião em São Paulo, Frank participou de uma extensa agenda de compromissos em Brasília. Vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso, ele participou da solenidade de assinatura da Lei do Combustível do Futuro, uma iniciativa que visa colocar o Brasil na vanguarda da preservação do meio ambiente.

“A crise climática precisa ser combatida pela nossa geração. Precisamos pensar, desenvolver e implementar tecnologias que usem combustíveis renováveis e que não agridam o meio ambiente. As florestas são fundamentais para que possamos conseguir reduzir os níveis de CO2 na nossa atmosfera e, já está comprovado, que o manejo florestal sustentável é a principal forma de preservarmos estas florestas”.