O número de pacientes que esperam por leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para tratamento da Covid-19 subiu para 73. Até a manhã de segunda-feira (8), eram 59 pessoas na fila. Os dados são da Secretaria Estadual de Saúde (SES).
No entanto, até a manhã desta terça-feira (9), nenhum estado respondeu oficialmente sobre o pedido de ajuda.
De acordo com a SES, essa falta de resposta é porque a maioria deles está na mesma situação que Mato Grosso: com taxa de ocupação de leitos de UTI superior a 80%.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na última terça-feira (2) uma nota técnica na qual aponta o agravamento da pandemia de Covid-19 no Brasil.
De acordo com a Fiocruz, 19 unidades da federação têm taxas de ocupação de leitos de UTI acima de 80%. No boletim anterior, eram 12. Mato Grosso está entre essas unidades federativas.
No sábado, a taxa de ocupação das UTIs de Mato Grosso foi a maior do ano: 99,5%. No domingo, teve uma pequena redução e foi para 98,9%. Essa taxa permaneceu até essa segunda-feira (8). A taxa de ocupação na enfermaria subiu para 57%.
Atualmente, há 477 internações em UTIs públicas e 446 em enfermarias públicas.
Com isso, apenas 25 vagas estão disponíveis para atender a população dos 141 municípios mato-grossense, segundo o Painel Covid-19 da SES.
No entanto, essas 25 vagas são de retaguarda, o que impede que sejam usadas para esses pacientes que estão à espera.
“Os leitos de retaguarda são aqueles que ficam obrigatoriamente reservados e subsidiam o atendimento do grande número de pessoas já internadas em enfermarias. A reserva dos leitos de retaguarda é uma norma do Sistema Único de Saúde (SUS)”, explicou a SES por meio de nota.