Com muita polêmica e com direito à spray de pimenta e clima de Libertadores da América, a Ferroviária bateu o Brasiliense por 1 a 0 e avançou às oitavas de final da Série D do Campeonato Brasileiro. O gol do jogo foi marcado de pênalti, por Júlio Vitor, mas o destaque da batalha foram as confusões, expulsões e entrada da Polícia Militar em campo após o apito final.

Clima tenso

Além do jogo de ida, os problemas com a arbitragem se estenderam – e muito – ao jogo da volta. Com muitos cartões amarelos mostrados ao longo dos primeiros 135 minutos, a etapa final da disputa por uma vaga nas oitavas da Série D foi, de forma previsível, ainda mais nervosa. Contudo, ninguém imaginava um caos como o que aconteceu na Fonte Luminosa, que iniciou após o pênalti em Júlio Vitor, que levou cerca de 13 minutos para ser marcado, mesmo sem presença do VAR nesta fase do nacional. Com muitas discussões dentro e fora de campo, além de duas expulsões do lado do Brasiliense, o jogo terminou muito quente e bem temperado, com direito a spray de pimenta dos policiais que precisaram defender a arbitragem da fúria visitante.

1º Tempo

Após um 0 a 0 de poucas chances no jogo de ida, os primeiros 45 minutos da volta foram um pouco melhores, ao menos para o lado afeano. Contudo, uma coisa que não mudou foi a disputa muito falada, com cartões amarelos para os dois times nos bancos de reserva. A Ferroviária teve um membro de sua comissão técnica amarelado, enquanto o time visitante viu Maicon Assis levar cartão. Com a bola rolando, superioridade grená, com uma chance de ouro desperdiçada por Gleyson logo de cara, no primeiro minuto, e uma cabeçada do centroavante que tirou tinta da trave na metade da etapa inicial. O Jacaré pouco arriscou, preferiu se manter atrás da linha da bola e, apenas em lances de bola parada, finalizou.

2º Tempo

Após um primeiro tempo nervoso, o segundo começou ainda mais complicado e desta forma se manteve por todos os quase 70 minutos de etapa final. Com poucas chances, o destaque foi a confusão. Além dos diversos cartões amarelos ao longo da partida, o rumo do duelo mudou aos 22 minutos, quando Júlio Vitor puxou ataque pela esquerda e foi derrubado na linha da grande área. O árbitro marcou falta e, a partir de então, o caos se instaurou. A AFE reclamou de pênalti e o Brasiliense, inconformado com a possibilidade da alteração da marcação, cercou o árbitro por quase 15 minutos. Aos 35, o próprio Júlio bateu e converteu a cobrança, com muita calma, para marcar o gol decisivo. A partida, no entanto, não terminou aos 45, mas sim aos quase 70, por conta dos acréscimos de, inicialmente, 14 minutos e, posteriormente, de 17. Com as expulsões de Maicon Assis e do técnico Luan Carlos, o Jacaré se desesperou e, após o apito final, precisou ser contido pela Polícia Militar para não agredir o trio de arbitragem.

Agenda

Eliminado, o Brasiliense terá de se remontar para buscar novamente o acesso em 2022, já que tem vaga garantida na Série D do ano que vem. A Ferroviária, mais “cascuda” do que nunca, aguarda a divulgação das datas da próxima fase.

O adversário será o Esportivo-RS, que bateu o Santo André nos pênaltis e avançou às oitavas de final. O primeiro jogo acontece em Bento Gonçalves (RS) e a volta será na Fonte Luminosa, em Araraquara (SP). (Globo Esporte)