A vendedora Júlia Maria Souza, de 22 anos, contou, em meio à lágrimas, as agressões sofridas pela amiga Emilly Bispo da Cruz, durante depoimento dado no Tribunal do Júri sobre a morte da jovem, nesta quinta-feira (10). Em um dos contatos com a vítima, descrita como “um pedaço de alegria”, a depoente declarou que pôde ver que as costas da amiga estavam com marcas de cinto, quando ela finalmente relatou as agressões que vinha sofrendo do então namorado, Antonio Aluizio da Conceição Maciano.

Emilly tinha receio de denunciar Maciano por conta das ameaças que ela sofria. Segundo relato de Júlia, o acusado falava para a vítima que sabia onde o filho dela estudava, mandando fotos dele entrando e saindo da escola, e onde a família dela morava. “Ele usava as ameaças para esconder as agressões”, afirmou, emocionada, a amiga da vítima.

Outros casos de violência também foram trazidos pela vendedora. Cerca de três meses antes do crime, o réu foi até à casa de Emilly e tentou agredi-la com um canivete. À época, a vítima conseguiu gritar e foi socorrida pela amiga. Em outra oportunidade, Emilly apareceu no trabalho com olho roxo e, ao ser questionada por Júlia, afirmou que o celular havia caído em seu olho.

(HNT)