Li neste fim de semana no caderno “Eu e fim de Semana”, no jornal Valor Econômico uma matéria muito interessante sob o título “Brasileiro desta eleição é conservador, pessimista e busca honestidade, revela pesquisa”. Noutro ponto o jornal revela que a pesquisa anotou que perde força o lulismo.

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O eleitor, revela o Instituto Travessia, de São Paulo, que neste ano irá às urnas um “eleitor pós-covid”, fortemente influenciado pelo impacto do desastre socioeconômico provocado ou exposto pela pandemia no Brasil. Diz, ainda: “O perfil que emerge do levantamento é de um brasileiro conservador, que se posiciona à direita no espectro político-ideológico, pessimista e  preocupado com setores mais afetados pela doença nos últimos dez meses. Para esse cidadão, a honestidade é o requisito mais importante para um candidato”.

Quando confrontado com temas apresentados, o eleitor escolheu os seguintes problemas mais relevantes: saúde e educação no mesmo grau, e emprego no terceiro. Apesar de antigos na percepção dos brasileiros, “agora esses temas ganharam nova dimensão”, diz a pesquisa. Aparece com destaque o problema da corrupção, numa escala não apresentada antes. Aparece como um real problema na cabeça dos cidadãos.

Outras questões levantadas dizem respeito aos entraves que paralisam o país e nesta eleição ganham uma força nova. São, por exemplo, a falta de políticas públicas efetivas para diminuir as tensões sociais. “Isso não quer dizer que o nível do debate será melhor. Significa que a situação piorou, e muito”, assinala a pesquisa.

No tocante à educação, o que apareceu na estratificação da pesquisa, é que os jovens das classes C e D estão preocupados, porque sabem que longe das salas de aula terão pouquíssimas chances de concorrer a boas vagas no mercado de trabalho, que passa por crescente exigência de qualificação. “Na prática, essas famílias temem que a situação econômica dos seus filhos no futuro piore ainda mais em comparação com a que já enfrentam atualmente”.

Quando perguntados sobre o futuro do país os números foram: 49% dos eleitores acham que vai melhorar. 40% que vai piorar a 11% acham que ficará como está. Analistas acham que o otimismo é baixo e revela que o eleitor está desanimado e pouco espera de um país que deveria comemorar as eleições de 2020.

*ONOFRE RIBEIRO DA SILVA  é jornalista,  escritor e analista político em Mato Grosso.

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