Neste 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, sinto a necessidade de socializar um pouco mais sobre a importância dessa data e o que ela representa.
Antes de qualquer coisa, precisamos ter a compreensão de que celebrar a diversidade cultural dos povos indígenas é um ato de respeito e de reconhecimento.
Podemos fazer isso de várias maneiras, refletindo a conexão que temos com inúmeras raízes culturais e não apenas com a indígena.
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Diversos autores da literatura e da música, frequentemente abordam essa temática, enfatizando a importância da ancestralidade em nossas vidas.
Adélia Prado é uma das pessoas que abordam sobre a valorização da ancestralidade, sugerindo que a essência humana está entrelaçada com as culturas indígenas.
Quem nunca ouviu Caetano Veloso, em suas músicas, celebrar a diversidade cultural, reconhecendo a influência indígena na identidade nacional?
Além disso, autores como Eduardo Galeano, em “As Veias Abertas da América Latina”, discutem a necessidade de reconhecer a sabedoria e a contribuição indígena para a sociedade.
Não me resta dúvida de que essa perspectiva ressalta que, ao entendermos nossa herança comum, temos a obrigação de respeitar as culturas indígenas, fundamentais para a história do nosso País.
Então, temos que refletir ainda mais sobre a importância de respeitar e aprender com as tradições indígenas.
Para a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso, por exemplo, o indígena é um ator social importantíssimo e o enxergamos com todas as suas especificidades, respeitando sua cultura e línguas dos nossos 10.419 alunos indígenas atendidos em 70 escolas e em mais de 300 salas anexas presentes em 42 municípios.
Não me canso de dizer que a Educação Escolar Indígena na nossa rede estadual de ensino merece destaque aos olhos do Pais.
Esse modelo educacional é fundamental para garantir que crianças e jovens tenham acesso a um ensino que reconheçe o seu modo de vida.
A Seduc tem se empenhado em desenvolver ações que respeitam as particularidades de cada etnia, mas isso deve ser um esforço coletivo. Todo cidadão tem o dever de apoiar e valorizar essas iniciativas.
Ao oferecer essa educação diferenciada e intercultural, estamos não só preservando tradições, mas também mostrando que as futuras gerações podem viver em um estado onde a diversidade é não apenas aceita, mas celebrada.
*ALAN PORTO é secretário de Estado de Educação de Mato Grosso
Contato: INSTAGRAM (@alanportooficial)
