O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, abordou a questão do racismo após a convocação dos jogadores para a Seleção Brasileira, neste domingo (28/5), na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Assim, destacando que o racismo é algo que ocorre no dia a dia, ele afirmou que houve esse tipo de discriminação no próprio auditório da confederação durante o anúncio dos atletas escolhidos por Ramon Menezes.
“Aqui dentro, hoje, do auditório teve racismo”, afirmou.
Ednaldo Rodrigues, porém, não quis revelar que tipo de atitude ele presenciou, que justificaria a classificação de racismo. Os repórteres perguntaram, mas ele saiu sem responder.
Nascido em 27/1/1954, em Vitória da Conquista, na Bahia, Ednaldo é contabilista, político e dirigente esportivo. Foi presidente da Federação Baiana de Futebol entre 2001 e 2018. Depois, presidiu a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) como interino entre 2021 e 2022, quando, em 23 de março, assumiu a titularidade do cargo. Assim, aos 69 anos, Ednaldo diz que sofre racismo desde criança.
“É um crime que constrange. A gente sofre a qualquer momento”, disse.
Homenagens a Vini Jr
Ele declarou que a instituição tem tomado medidas contra o racismo, como as homenagens a Vini Jr, do Real Madrid. Afinal, as sucessivas ofensas ao jogador brasileiro na Espanha ganharam repercussão mundial e têm provocado muitas manifestações de apoio ao atleta.
“Ontem em todas as rodadas isso aconteceu. Hoje vai acontecer. Na decisão do Campeonato Paraense, Marabá com Remo, houve também essas ações. E isso tem que haver, todos falando e combatendo”, concluiu. (GE)