A vereadora de Cuiabá Edna Sampaio (PT) cobra da prefeitura de Cuiabá plano para instituir política de prevenção e combate a incêndios na Capital. Pedido acontece frente a anúncio do governo do estado de destinação de R$ 60 milhões para aquisições e operações ambientais em 2022, dos quais R$ 32 milhões para combate a incêndios, na última quarta-feira (13). Na ocasião, o governo anunciou também a instalação de um comitê estratégico para combater crimes ambientais.

Edna Sampaio avaliou que é preciso diálogo e articulação entre governo do estado e executivo municipal para a efetivação desta política, e pediu a convocação do secretário da pasta, Renivaldo Nascimento, para apresentar seu andamento.

“Quando chega agosto, o ar de Cuiabá fica irrespirável. Não podemos esperar até lá para começar a agir. É preciso que o poder executivo apresente seu plano de combate aos incêndios, e que a Câmara cobre do governo do estado desenvolva sua política de preservação dos biomas em articulação com o município. Qual será o valor destinado a Cuiabá, destes R$ 60 milhões? ”, disse.

Ela lembrou que a política municipal de combate a incêndios, prevista na lei 6.779/22, de sua autoria, está em vigor desde fevereiro.

Ela prevê a realização de programas de Educação Ambiental, a sensibilização junto a proprietários e responsáveis por terrenos não edificados e a criação de cronograma anual para limpeza de áreas públicas, entre outras medidas.

Também estabelece multas para autores de incêndios urbanos ou rurais.

“Aprovado nosso projeto de lei e tendo em vista o início da proibição das queimadas, conforme o governador estabeleceu, é hora de dialogar com o município”, disse ela.
“Cuiabá tem zona rural e urbana, faz parte do bioma. Há dois anos, tivemos uma queimada criminosa no Pantanal, que exterminou cerca de 40% dessa área e ainda não tivemos uma iniciativa robusta do município para participar da política de preservação e combate às queimadas ”.

A parlamentar frisou sua preocupação com o tema, citando sua participação, enquanto servidora pública, do Programa REM em um projeto que visava a manutenção de florestas e a valorização da agricultura familiar e dos povos indígenas.

“O Estado é uma ficção. Moramos nos municípios, é lá que acontecem os incêndios”.