O governador Mauro Mendes (UB) disse que a prisão do ex-secretário Nilton Borges Borgato pela Polícia Federal, durante a Operação Descobrimento, que investiga organização criminosa especializada no tráfico internacional de cocaína, não possui relação com o cargo que ocupou na gestão.
De acordo com o chefe do Paiaguás, os supostos crimes que Borgato pode responder não tem qualquer relação com a sua passagem pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.
“Soube disso agora pela manhã. O que as pessoas fazem em sua vida particular é problema deles, não é problema do Governo. Não conheço os fatos, pois vi apenas pela imprensa. É um crime pessoal, se realmente proceder, é algo que não tem nada a ver com o Governo. Não tem absolutamente nada a ver com a Gestão ou com algo que ele tenha praticado dentro do Governo”, reforçou Mauro, durante entrevista à Rádio Vila Real, nesta terça-feira (19).
Borgato deixou o Governo no dia 31 de março, por conta da legislação eleitoral que exige a desincompatibilidade de gestores que pretendem disputar cargo eleitivo, seis meses antes da eleição. O ex-secretário é pré-candidato a deputado federal pelo PSD.
Sobre a prisão de Borgato, o Diretório de Mato Grosso do PSD informou que tomou conhecimento das medidas judiciais contra o ex-secretário através da imprensa e que irá aguardar o desenrolar das investigações, respeitando o direito de ampla defesa, assegurado pela Constituição Federal, antes de tomar qualquer decisão.
Em 2021, Borgato foi condenado por improbidade administrativa em um caso em que ele e a esposa venderam terreno à Prefeitura de Glória D’Oeste. Por conta disso, deveria perder o cargo que estivesse exercendo.