O Sesc-RJ é campeão da Copa Brasil de Vôlei feminino. Na noite deste sábado, o time do Rio de Janeiro bateu o Praia Clube, que buscava uma conquista inédita, e faturou o quarto título, se tornando hegemônico na competição nacional. De virada, a equipe de Bernardinho fez 3 sets a 1 em Jaraguá do Sul. As parciais foram 18/25, 25/21, 25/23 e 25/23. O Sesc-RJ está classificado para jogar a próxima edição da Supercopa, contra o campeão da Superliga.
Uma final disputadíssima, como era a expectativa para o encontro entre as duas principais equipes do voleibol feminino nacional, que têm disputado, set a set, a ponta da Superliga 2019/2020. Entre altos e baixos e no duelo à parte entre Tandara e Martinez, as cariocas levaram a melhor em Santa Catarina. Tandara marcou 40 pontos.
O jogo
A decisão em Santa Catarina começou com um Praia Clube avassalador. Com grande presença da levantadora Carol no serviço, o time mineiro se aproveitou de erros do adversário e de um bloqueio de Walewska para abrir 5 a 1. Os ataques para fora de Peña e a dificuldade na recepção obrigaram o técnico Bernardinho a pedir tempo. Mesmo após a bronca, o Sesc-RJ seguiu errando e as mineiras chegaram a abrir 9 a 2 no marcador. O Sesc-RJ resolveu reagir. E a reação atendeu pelo nome da central Juciely. Com três bloqueios e presença também no ataque, ela ajudou o time carioca a chegar perto no marcador: 10 a 12. No entanto, mais equilibrado, o Praia voltou a abrir vantagem, com Claudinha passando a procurar mais a ponteira Martinez, que tem atuado como oposta. Com um ace de Fran, o Praia fechou a primeira parcial em 25 a 18.
Diferentemente do set inicial, a segunda parcial teve um começo mais parelho, com o Sesc-RJ bastante ligado. Com intensidade e ações efetivas de Tandara e Amanda, o time carioca conseguiu virar bolas importantes, abrindo 8 a 4, forçando o Praia a cometer alguns erros que, até então, havia cometido pouco na decisão. Para reduzir a desvantagem, o time de Paulo Coco apostou no que tem dado certo: dar a bola na dominicana. Martinez, variando bastante o reportório ofensivo, correspondia a confiança depositada nela e cravava na quadra, reequilibrando a parcial. O Praia encostou e chegou a empatar a partida em duas oportunidades. Porém, um lance encaminhou o set para o time carioca. Tandara atacou e a bola foi para fora. Bernardinho, porém, pediu o desafio, e a arbitragem confirmou um toque de Walewska no bloqueio, dando ponto para o Sesc-RJ, que abriu 22 a 19. Em um ataque de Juciely, da saída de rede, a equipe do Rio de Janeiro empatou a partida: 25 a 21.
Sesc-RJ reagiu na segudna parcial — Foto: Gisa Alves
O Praia deu pinta de que não sentiu a derrota na segunda parcial. E foi bloqueando que o time mineiro igualou a maior vantagem na partida. Com quatro pontos de Walewska compondo a parede, o Praia fez 9 a 2. Bernardinho parou a partida por duas vezes neste período para tentar recolocar o Sesc-RJ no jogo. E a chacoalhada funcionou. A levantadora Fabíola passou a acionar mais Tandara e, em seis pontos, a equipe carioca fez cinco. Foi a vez de Paulo Coco paralisar a partida, mas isso não impediu que o Sesc-RJ virasse o placar para 12 a 11, em dois ataques da central Milka. Na sequência, um dos lances mais marcantes da final. Após 35 segundos de rali, Walewska soltou o braço da entrada de rede e revirou o marcador para 13 a 12. Nessa toada, com o jogo pegando fogo, as equipes seguiam empatadas, com no máximo um ponto de diferença e alternância na dianteira. E, mais uma vez, uma revisão de jogada foi fundamental para a definição do período. Amanda atacou e a bola foi para fora. O ponto seria do Praia, e o jogo estaria empatado em 21 pontos. No entanto, após o pedido de desafio, um toque no bloqueio foi verificado e o Rio abriu 22 a 20. O Sesc-RJ administrou a vantagem, chegou a abrir 24 a 21 e, depois de dois pontos do Praia, fechou a parcial com uma pancada da oposta Tandara: 25 a 23.
Tandara fez 40 pontos e acabou com o jogo — Foto: Gisa Alves
A quarta parcial poderia representar o título para o Sesc-RJ e a sobrevivência para o Praia Clube. Isso pode explicar o equilíbrio desde as primeiras trocas de bola no set. Mesmo com a vantagem mínima, era o Praia que comandava o placar, a partir das ações de Pri Daroit, Garay e Martinez, chamadas por Carol, variando as opções ofensivas. Mas o Sesc-RJ tinha Tandara. Novamente, ela foi fundamental para a reação carioca, que virou o jogo e abriu quatro pontos de frente. O Praia, com ajustes de Paulo Coco, conseguiu colocar pressão no time de Bernardinho, se aproximando no marcador e empatando em 23 a 23. Porém, o Sesc-RJ foi mais equilibrado e definiu o set em 25 a 23 e a partida em 3 a 1, se tornando hegemônico na Copa Brasil. (Globo Esporte)