A bola não caiu e em momento algum a seleção brasileira lembrou, não apenas tecnicamente mas em vibração, o time da primeira fase da Copa do Mundo. E diante de uma República Tcheca inspirada, talvez em sua melhor atuação na competição, a seleção brasileira foi dominada e conheceu sua primeira derrota na China: 93 a 71. De um lado, Varejão esteve abaixo, mas bolas de Alex não caíram. E na defesa, a muralha que até então travou Grécia, Nova Zelândia e Montenegro, esteve longe da eficiência apresentada. Satoransky e Balvín fizeram grande partida. Auda e Bohacik, idem.
E agora, Brasil?
Para avançar às quartas de final, precisa ganhar de qualquer maneira dos Estados Unidos e, além disso, depende de uma combinação de resultados. A partida será na segunda-feira, às 9h30, com transmissão do SporTV 2.
– Se o Brasil perder para os EUA: está eliminado e sem vaga olímpica (terá uma segunda chance no pré-olímpico mundial).
– Se a Grécia vencer a República Tcheca: Brasil precisa vencer os EUA por qualquer placar.
– Se a República Tcheca vencer a Grécia: Brasil precisa vencer os EUA por 22 pontos de vantagem.
Seleção atrás em todos os 40 minutos
Aleksandar Petrovic começou o duelo com um dos quintetos que mais tem funcionado na China: Luz, Alex, Benite, Caboclo e Varejão. Mas a República Tcheca começou marcando bem, lendo os bloqueios ofensivos, e o aproveitamento brasileiro era baixo. Balvín e Satoransky apareciam bem e os tchecos venciam por 12 a 6 nos primeiros seis minutos, com quatro pontos de Kriz. Caboclo deu lindo toco em Satoransky, mas na sobra o próprio armador meteu bola de três, abrindo 15 a 9. Alex era o único do Brasil que conseguia bom aproveitamento no ataque, e chegou aos sete pontos para diminuir o revés. Leandrinho, em bola de três, trouxe para 18 a 16 no minuto final. O quarto de abertura chegou ao fim com 20 a 16 para os tchecos, já aparentemente donos do jogo nos dez minutos iniciais.
Benite não conseguiu conter o ótimo jogo dos tchecos — Foto: Divulgação / FIBA
A bola de três do Brasil não caía. Eram duas em sete. E do outro lado, Balvín levava vantagem com Varejão e Felício, chegando aos 11 pontos com certa facilidade, usando quase sempre o pick’n roll mais simples. Com três minutos do período, a República Tcheca seguia na frente, mas com margem menor: 26 a 24. Huertas entrou bem no jogo, com seis pontos no segundo quarto. O aproveitamento dos tchecos para dois pontos, porém, estava na casa dos 65%, bem alto. Na metade do quarto, o Brasil seguia atrás por 32 a 26. E a dificuldade só aumentava. Em dois minutos, a República Tcheca abriu ainda mais, colocando sua maior frente, com 43 a 28. Confortável com a bola, sempre meio segundo à frente dos brasileiros, os tchecos tinham 15 assistências em 18 arremessos e foram para o intervalo vencendo por 45 a 32.
Petrovic voltou com o elenco dono do melhor aproveitamento, com Luz, Marquinhos, Alex, Varejão e Caboclo. Mas não funcionou. Em três minutos, a República Tcheca abriu 20 pontos, com 54 a 34. A bola do Brasil seguia não caindo. Yago entrou em quadra. E nada. Alex tentou. E nada também. O tempo corria e os rivais jogavam à vontade. Na metade do período, em bola de Bruno Caboclo, o Brasil baixou para 54 a 38. Benite, para três duas vezes seguidas, trouxe para 57 a 44. Mas a reviravolta não veio no período. Satoransky chegou aos 17 pontos, Schilb foi para cesta e falta, e o revés ficou ainda pior: 65 a 46, dificultando de uma vez por todas a vida brasileira.
No último quarto, com tamanho revés, o Brasil não conseguiu se reequilibrar. A vantagem tcheca aumentou ainda mais. Petrovic tentou até parar o jogo, mas a tarde não era brasileira. Satoransky e Balvín ainda ganharam a ajuda luxuosa de Auda e Bohacik. Benite voltou para o jogo. Didi entrou pela primeira vez. E Huertas também retornou. Com metade do segundo quarto, o técnico brasileiro passou a descansar Varejão, Alex, Leandrinho e Rafa Luz, já pensando na partida contra os Estados Unidos. O revés chegou a ser de 26 pontos. E no fim, dominado, Brasil foi derrotado por 93 a 71, complicando demais sua vida na Copa do Mundo.
Corrida olímpica
Neste momento, quatro seleções estão garantidas nas quartas de final da Copa do Mundo: Sérvia, Espanha, Argentina e Polônia. As duas melhores do continente americano garantem vaga direta para a Olimpíada de Tóquio, em 2020. Além da Argentina, nas Américas, continuam na briga para avançar à próxima fase do Mundial: Brasil e EUA. República Dominicana, Venezuela e Porto Rico não têm mais chances de chegar às quartas.
- 2 melhores das Américas
- 2 melhores da Europa
- Melhor da África
- Melhor da Ásia
- Melhor da Oceania – Austrália ✅
(Globo Esporte)