O suposto confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) no Bairro Jardim Itamaraty, em Cuiabá, que resultou em seis mortos no dia 29 de julho, é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Capital (DHPP).

De acordo com a DHPP, diversas pessoas já foram ouvidas, entre elas familiares dos mortos. Os depoimentos continuam.

Entre os mortos estão um policial militar e o filho de um sargento da Polícia Militar: Oacy Taques, de 30 anos, e Leonardo Vinicius Pereira de Moraes, de 24.

Outras duas pessoas que teriam sobrevivido ao confronto ainda serão ouvidas pela DHPP.

Na cena do crime foi apreendido um aparelho celular de um dos mortos, que está passando por perícia, assim como as armas.

A DHPP aguarda o resultado das perícias e continua realizando outras diligências relacionadas à investigação. A polícia não divulgou detalhes.

Confronto

A PM informou que na madrugada recebeu a informação de que carros estavam rondando o bairro para praticar um assalto. Então a equipe do Bope foi até o bairro e avistaram os carros com as características descritas.

Segundo a PM, eles reagiram à abordagem e houve confronto. Vários tiros foram disparados e todos que estavam nos dois veículos morreram. Um deles tentou fugir, já baleado, e foi encontrado morto em uma área de mata.

Um dos carros era blindado e a polícia acredita que o bando realizaria um crime grave, como roubo ou sequestro.

Segundo a PM, Oacy tinha ingressado na corporação em 2011. Estava lotado no 3º Batalhão de Polícia Militar, cuja base fica no Bairro Bosque da Saúde, em Cuiabá, e na data do confronto estava de folga.

O sargento, pai de Leonardo, havia registrado um boletim de ocorrência denunciando que o filho havia furtado a arma dele. Leonardo tinha passagens por tráfico e roubo.

Nos dois carros foram encontradas seis armas, sendo três pistolas e três revólveres, além de máscaras e colete à prova de bala.