O diretor da Penintenciária Central do Estado (PCE), Clayton dos Santos Rodrigues, encaminhou ofício à 2ª Vara Criminal de Cuiabá solicitando orientações para o cumprimento de decisão que concedeu prisão domiciliar a Ricardo Cosme da Silva Santos, conhecido como ‘Superman Pancadão’. O mega-traficante foi beneficiado por determinação do desembargador Rondon Bassil Dower Filho.
No ofício, o diretor da PCE salientou a existência de dois mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, o que colocou em xeque o alcance da decisão monocrática para liberar Ricardo Cosme para a prisão domiciliar. “Desta forma, solicitamos orientação quanto ao cumprimento por parte desta unidade prisional acerca da decisão mencionda”, diz trecho do documento assinado nesta quarta-feira (13).
O diretor da PCE acrescentou ainda que o detento encontra-se em cela isolada para devida execução da determinação.
A decisão do desembargador Rondon Bassil Dower Filho atendeu a pedido da defesa do ‘Superman Pancadão’ em virtude da insalubridade na PCE para que Ricardo Cosme se recupere de procedimentos cirúrgicos. Inicialmente, o traficante ficará em prisão domiciliar humanitária pelo prazo de 60 dias.
Na decisão, o magistrado determinou a retenção imediata do passaporte de Ricardo, monitoramento eletrônico e apresentação de relatório médico com detalhamento do quadro clínico em 60 dias.
OPERAÇÃO HYBRIS
Ricardo Cosme da Silva Santos foi alvo da Operação Hybris, da Polícia Federal, em 2015. À época, o ‘Superman Pancadão’ foi apontado como lider de um grupo criminoso que movimentava cerca de R$ 30 milhões por mês através do tráfico de drogas.
Em 2013, após ser flagrado com quase U$ 2 mil no estepe de uma caminhonete, em Várzea Grande, Ricardo chegou a ir para a Bolívia, onde, segundo a Polícia Federal “ficou refugiado, pois temia ser preso pelo fato e receiava que a polícia descobrisse que a verdadeira origem do numerário apreendido fosse o tráfico, situação que ficou comprovada no decorrer das investigações”.
(Fonte: HiperNoticias)