Depois de um primeiro tempo tenso, o Fluminense se soltou na etapa final e venceu o Al Ahly por 2 a 0, nesta segunda-feira, pela semifinal do Mundial de Clubes. Após o jogo, o técnico Fernando Diniz destacou o nervosismo, mas valorizou a persistência do time.

– A gente começou a partida mais nervoso, por ser a estreia do Fluminense no Mundial. A gente conversou no vestiário, já tinha passado um pouco do nervosismo, e voltamos com mais controle para o segundo tempo. Depois que fizemos o gol, tivemos mais espaço, fizemos o segundo gol e poderíamos ter feito mais. A gente tem uma característica muito forte, de não desistir – declarou Diniz.

Os gols do Fluminense foram marcados por Arias, de pênalti, e John Kennedy. O camisa 9 entrou aos 33 minutos do segundo tempo e deu fôlego ao Tricolor no ataque. Ele fechou o placar aos 43, em contra-ataque puxado por Martinelli. O jovem foi novamente elogiado por Diniz.

– John Kennedy é um jogador certamente com muito potencial, de ser brilhante. Brilhante mesmo, de jogar em seleção brasileira, de decidir Libertadores, de decidir Copa do Mundo. Potencial ele tem, a gente não sabe se vai acontecer, temos que ver. É um cara predestinado. Sabe fazer gol e, além disso, tem uma atração entre ele e o gol. Se percebe com poucos toques que há uma diferença. Ele virou um cara muito mais profissional, está muito mais treinado. É um cara que decide jogos. É um jogador especial. Eu espero que ele consiga crescer cada vez para dar conta do potencial que ele tem.

O Fluminense espera o vencedor de Urawa Reds x Manchester City, na outra semifinal, nesta terça-feira. A final do Mundial será na próxima sexta-feira, Às 15h.

Veja outras declarações de Diniz:

Dificuldades da partida

– O jogo é muito complexo, a gente poderia ter tomado o gol também, o Fábio fez algumas defesas e nos salvou quando foi necessário. A gente tem uma característica muito forte, de não desistir. Tivemos momentos muito difíceis na Libertadores, e o time soube ser calmo, sem desespero. Resistir, perseverar, persistir, chega a ser teimoso o time. Foi premiado. Obviamente o tempo de treino que a gente tem, mais de um ano e meio, faz diferença, a gente fez os gols tocando a bola lá de trás. O time está de parabéns.

Média de idade

– Não sei se a tradução foi correta, não sei a média de idade do Al Ahly. Na tradução falou que esperava um time com muita diferença de idade. Acho que a tradução não foi correta porque se esperava que o nosso time tivesse uma média de sub-50 (risos). Nosso time já vem jogando, era o time da Libertadores. Aí a pergunta é sobre se a experiência dos jogadores faz diferença, eu acho que faz diferença. A qualidade, os jogadores mobilizados, o caso do Marcelo. Talvez o lance mais decisivo do jogo foi o pênalti que ele sofreu. Dali para frente as coisas clarearam mais. Problemas do lado do Marcelo e do Felipe Melo foram poucos. Felipe Melo fez uma partida brilhante, muito sólido e muito senhor da situação.