A preparação está concluída, e o Brasil não espera jogo fácil contra a Venezuela. Não só pelo adversário em si, mas também das altas temperaturas de Cuiabá, onde a Seleção Brasileira jogará na Arena Pantanal. Nesta quarta-feira, em entrevista coletiva, o técnico Fernando Diniz falou sobre o tema.

“Todo mundo está se esforçando para entregar o melhor para a Seleção (gramado). Os jogadores que vêm da Europa estão acostumados com um nível maior, mas todo mundo está se esforçando. O calor atrapalha qualquer jogo de futebol. No jogo do Fluminense estava mais quente ainda. Também jogamos sob uma temperatura alta em Belém. Espero que os jogadores consigam absorver isso para fazer o melhor”, disse.

Diniz vai para seu terceiro jogo à frente da Seleção Brasileira e elogiou o trabalho de Tite quando foi questionado sobre Vini Jr. O atual treinador afirmou que utiliza bastante do novo comandante do Flamengo e que isso ajuda a deixar o jogador do Real Madrid mais à vontade.

“É bom falar do trabalho que o Tite deixou porque a gente procura aproveitar ao máximo. Meu primeiro contato com o Vini foi excelente, é um dos melhores jogadores do mundo. Queremos deixá-lo à vontade. Os jogadores que participaram da primeira convocação já estão um pouco mais adaptados e vão passando para os que estão chegando. Queremos deixá-los o mais à vontade possível. O pensamento é aproveitar o que o Tite deixou e implantar as minhas ideias. Tentamos sofrer poucos gols. Tenho uma ideia de atacar muito, mas o que eu quero é equilibrar as coisas”, afirmou Diniz.

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Encaixe de Neymar e Vini Jr no time titular

“Essa resposta é mais difícil de dizer como eles não jogarem juntos. São dois jogadores inteligentes, hábeis, que se gostam. Ainda tem o Rodrygo. A gente espera que eles possam se entender bem no jogo, como foi no treino, para que façam uma grande partida.”

Seleção com estilo de Diniz

“A prioridade é deixar no campo o time mais competitivo possível. O entrosamento é importante, mas se a gente observar que a mudança vai ajudar nós vamos fazer. A prioridade do meu trabalho é que os jogadores fiquem confortáveis em campo. Os primeiros jogos foram bons, apesar de terem sido diferentes. A gente espera que o time vá ganhando entrosamento com o passar do tempo e refino tático também. Eu acho que no sentido principal, o time tem minha cara porque fomos um time solidário. Gosto que todos estejam próximos, que joguem juntos. Com o passar do tempo, é normal que isso aconteça com mais naturalidade.”

Joelinton

“Ele tem grandes possibilidades de voltar. Temos uma lista grande de 40 nomes monitorados. Temos um corpo técnico que acompanha todos os jogos. O Joelinton é um dos que estão sendo monitorados, mas a lesão atrapalhou.”

Relação com os jogadores

“Só tenho a agradecer a abertura que os jogadores têm me dado sobre o que eu penso de futebol e sobre a vida. A convivência é cada vez melhor. Com o passar do tempo a gente vai aprofundando as relações e o que temos que fazer nos jogos. A gente aprende com eles. Sou um cara aberto. As pessoas que mais aprendo são os jogadores. Estimulo esse tipo de troca para melhorar o repertório.”

Ansiedade dos atletas

“É difícil falar sobre o controle da ansiedade. Todos querem jogar e ser convocados. Só o fato de ser chamado já é muito grande. Tenho comigo que quero devolver todos os jogadores melhores do que eles chegam. Mas sei que a ansiedade é difícil. Procuramos dar atenção a todo mundo. Infelizmente só jogam 11 e entram mais cinco. Os jogadores mais velhos conseguem acolher os mais novos, o ambiente é muito bom.”

Titularidade de Richarlison

“É uma escolha técnica. Se ele tivesse feito um gol em cada partida, porque ele teve chance de fazer, estaríamos falando que ele jogou bem. Ele teve chances, jogou bem, contribuiu. A escolha é técnica. É claro que tem o fator motivacional. Contra a Bolívia e contra o Peru ele foi bem. Contra o Peru, por centímetros ele não marcou, mas ele contribuiu bastante.”

Venezuela

“A gente tem que esperar os dois cenários. A Venezuela não venceu do Paraguai por acaso. Eles fizeram um jogo disputado com a Colômbia em Barranquilla. Contra o Brasil eles têm feito jogos difíceis. Não é um adversário fácil, é extremamente bem treinado. Vamos procurar fazer o nosso melhor.”

Casemiro x André

“É tudo uma questão de treino. O Casemiro é um grande jogador, um dos maiores volantes do mundo nos últimos 10, 15 anos. Não sei quem vai jogar contra o Uruguai. O André tem um futuro promissor no futebol. Temos dois grandes volantes e ainda temos muitos outros que não podemos chamar por conta de um limite.”

Jogadores como inspiração para crianças

“Acho extremamente importante e benéfico para a sociedade. Os jogadores no Brasil são espelhos para as crianças. Eles sempre observam os jogadores, principalmente os jogadores da Seleção Brasileira. Eu procuro dar consciência para os jogadores da importância que eles têm para a sociedade.” (Jogada 10)