O  vereador por Cuiabá Dídimo Vovô (PSB) cobrou que o recém-eleito Rafael Ranalli (PL),pare de “falatório” e apresente o nome dos supostos parlamentares que teriam sido eleitos pela facção Comando Vermelho (CV) naCuidados na produção Capital mato-grossense. Ranalli alega que tem informações de que 4 ou 5 vereadores tiveram financiamento do crime organizado, porém, mantém os nomes sob sigilo.

Embora não dê os nomes, Ranalli não perde a oportunidade de bater na tecla de que existem parlamentares com elo com a facção e que  chegou a ter “intimidado” por faccionados enquanto fazia campanha nos bairros. Questionado sobre a sitaução, Dídimo defendeu que o policial federal  não pode ficar lançando palavras ao vento e colocando todos os vereadores no mesmo balaio  já que não dá nome aos “infiltrados”.

“Tudo o que você diz, você lança, você tem que ter provas. Creio que esse Parlamento é para debater ideias em prol do município. Esse vereador que foi eleito, tem que ter suas provas e não viver de ilusões, de [conto de] fadas. Ele tem que mostrar quais são os nomes e de fato, permanecer na sua linha de investigação e prender as pessoas que são culpadas”, disparou.

Dídimo se comprometeu em cobrar Ranalli logo após a sua diplomação com vereador. Além disso, avaliou que a postura de Ranalli não tem sido compatível com a de vereador e que as denúncias devem ser formalizadas às forças competentes para a devida apuração.

“Com certeza [vou cobrar ele]. Não é só o Dídimo Vovô, mas toda a Câmara tem o entendimento que isso não é um discurso plausível daquilo que compete ao vereador. O vereador tem que legislar e tem  vereadores que fazem inversão de valores, eles querem executar o que não compete a  eles, ele tem fiscalizar. Se de fato, ele tem esse entendimento que existem pessoas aqui [ligadas ao Comando Vermelho] tem que fazer um investigação detalhadamente, colocar os nomes e encaminhar para ela seja punida”, emendou.

Infiltrados na Câmara

Às vésperas das eleições, o vereador por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB) foi preso pela Polícia Federal, por suposta ligação com o Comando Vermelho, no âmbito da Operação Pubblicare,  desdobramento da Operação Ragnatela, que apura a existência de esquema de lavagem de dinheiro para facções criminosas.

Reprodução

Paulo Henrique vereador

O vereador é acusado de colaborar com membros da facção criminosa na lavagem de dinheiro, por meio da realização de shows e eventos em casas noturnas cuiabanas. Em meio às acusações, seu partido segue confiante na sua reeleição e segue descartando a possibilidade de prejuízos eleitorais na Capital.

Atualmente, Paulo Henrique está em liberdade, sendo monitorado por tornozeleira, além de que, foi afastado por tempo indeterminado do cargo de vereador por decisão do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT). Ele tentou à reeleição no pleito de 6 de outubro, mas não obteve êxito.

(Rdnews)