Na rodada passada, sete mandantes foram apontados como favoritos, mas só três deles venceram, sendo que o Avaí ganhou sem ser considerado favorito. Agora, oito times atuarão em casa com maior potencial de vitória. Logo saberemos se desta vez vão se impor em campo ou se os visitantes vão ampliar seu percentual de pontos conquistados. São Paulo é a equipe com maior probabilidade de vitória, com 59,3% de chances, enquanto o Cuiabá aparece como maior zebra (18,1%). Atlético-MG (46,4%) e Avaí (45%) completam o pódio dos maiores favoritos da rodada; Atlético-GO (20,6%) e Juventude (21,7%), o dos zebrões.
Em parceria com o economista Bruno Imaizumi, analisamos 84.702 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.469 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).
Favoritismos passou a apresentar a média de idade dos times titulares para que você possa comparar o histórico dos clubes neste Brasileirão. Varia muito de jogo a jogo? Uma equipe é muito mais jovem ou muito mais experiente do que a outra? Veja abaixo.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Palmeiras
O Palmeiras está com o nono aproveitamento mandante no Brasileirão (1 V, 1 E, 1 D, 44%). O Bragantino é o segundo melhor visitante (1 V, 1 E, 0 D, 67%). O Palmeiras é a terceira equipe mais ofensiva do campeonato (média de 16,2 finalizações por partida no geral). O Bragantino é o 13º em ofensividade no geral, com 12,0 conclusões por jogo, mas fora de casa tem média de 16,0 conclusões, a terceira maior visitante. É, portanto, um jogo para muitas finalizações. Dos últimos dez gols, sem contar pênaltis e faltas diretas, o Bragantino fez nove pelo alto (e 14 dos últimos 16). O Palmeiras sofreu metade dos últimos dez gol pelo alto e metade por baixo. Precisará de muita atenção para controlar seu espaço aéreo. Já o Palmeiras tem alcançado mais sucesso com as jogadas rasteiras, com seis dos últimos dez gols marcados dessa forma. O Bragantino também sofre metade dos gols pelo alto e metade por baixo. Até aqui, na temporada, o Palmeiras fez gol em todos os seus 16 jogos em casa, e o Bragantino só não levou gol em dois dos 12 jogos como visitante.
Favorito >> Flamengo
Em princípio, é jogo para bola rasteira: o Ceará fez metade dos últimos dez gols por baixo e metade pelo alto, e levou em trocas de passes sete dos últimos dez gols; o Flamengo marcou oito e sofreu sete dos últimos dez gols dessa forma. Ao menos até aqui, o Ceará é o pior mandante, com duas derrotas em dois jogos do Brasileirão. O Flamengo é o 13º visitante (0 V, 1 E, 1 D, 17%). O Flamengo é uma das equipes que mais sofreram contra-ataques (11) e levou um gol assim; o Ceará é a equipe que mais contra-ataca (11) e já marcou dois gols, quinta maior eficiência da competição.
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— Foto: Espião Estatístico
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Favorito >> Atlético-MG
O Atlético-MG começou o Brasileirão patinando e em casa tem 1 V (Internacional 2 x 0), 1 E (Coritiba 2 x 2), 1 D (América-MG 1 x 2), 44% de aproveitamento. Como visitante, o Atlético-GO está ainda pior, com uma derrota (Bragantino 4 x 0) e um empate (Cuiabá 1 x 1), aproveitamento de 17%. A partida tem potencial para gol a partir de jogadas aéreas porque o Atlético-GO sofreu dessa forma nada menos que nove dos últimos dez gols, incluindo aí o gol da derrota para o Goiás, na rodada #5. O Atlético-MG fez seis de seus últimos dez gols por baixo e metade pelo alto. O Atlético-GO fez sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras, mas é menos difícil superar a defesa do Atlético-MG pelo alto, com seis dos últimos dez gols sofridos tendo ocorrido em jogadas aéreas.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Internacional
O Inter está iniciando trabalho comandado por Mano Menezes. Outro jogo para bola rasteira porque as duas equipes sofreram assim seis dos últimos dez gols, sem contar pênaltis e faltas diretas. O Inter marcou assim oito dos últimos dez gols, e o Corinthians sete. Corinthians é a equipe menos punida com cartões amarelos (nove), e o Inter é o segundo mais amarelado (19). As duas equipes já sofreram gol em contra-ataques, e o Corinthians fez dois assim, o Inter, um. O Inter tem média de 18 finalizações por partida em casa, e o Corinthians está com média de um gol sofrido a cada nove finalizações. O Corinthians é a equipe que menos finaliza de dentro da área (3,8 por jogo), e o Inter faz isso em média 7,4 vezes por jogo, sétima marca.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Fluminense
Alta probabilidade de gol marcado em jogada aérea pelo Fluminense, que fez assim sete de seus últimos dez gols, sem contar pênaltis e faltas diretas. Foi assim também que o Athletico-PR sofreu oito dos últimos dez gols (e 11 dos 13 últimos). O Athletico vem atacando por baixo, com sete gols em trocas de passe. O Fluminense sofreu metade dos últimos dez gols em passes e metade pelo alto. O Athletico-PR perdeu os dois jogos que fez como visitante. O Fluminense empatou uma e perdeu outra como mandante (17%).
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> São Paulo
São Paulo venceu os dois jogos que fez como mandante no Brasileirão e recebe o Cuiabá, abalado pela goleada sofrida em Santos (4 x 1) após vencer dois jogos como visitante e pela eliminação da Copa do Brasil, no meio de semana, nos pênaltis. O Cuiabá venceu um dos últimos oito jogos disputados (1 V, 3 E, 4 D, aproveitamento de 25%. Nos últimos oito jogos o São Paulo teve 3 V, 4 E, 1 D, aproveitamento de 54%. A partida tem potencial para gol aéreo já que sem contar pênaltis e faltas diretas, o São Paulo fez seis dos últimos dez gols dessa forma (15 dos últimos 19), e o Cuiabá marcou sete dos últimos dez gols usando bolas altas. O Cuiabá sofreu com jogo aéreo seis dos últimos dez gols (11 dos últimos 15), e o São Paulo sofreu metade por baixo e metade pelo alto. Dos 15 últimos gols aéreos do São Paulo, Calleri marcou seis, Arboleda quatro, Wellington dois, e Luciano fez um e deu uma assistência.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Coritiba
Sem contar pênaltis e faltas diretas, metade dos últimos dez gols a favor e contra os dois times saíram em bolas altas e metade em passes rasteiros, com exceção dos marcados pelo América-MG, oito rasteiros em dez. O Coritiba está com o melhor ataque mandante deste início de Brasileirão, com seis gols marcados; sofreu dois, décima marca caseira. O América-MG fora de casa marcou dois gols e sofreu cinco. Cada um dos times já teve dois pênaltis a favor. O Coritiba já teve dois contra; o América, nenhum.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Botafogo
Jogo para bola rasteira, embora os dois times tenham sofrido metade dos últimos dez gols em bolas altas e metade em trocas de passe. O Botafogo marcou seis dos últimos dez gols usando bolas rasteiras, e o Fortaleza fez oito gols assim. O Botafogo é o time que mais sofreu finalizações em contra-ataques até aqui (14) e já levou dois gols dessa forma. O Fortaleza levou um. Ainda não fizeram gol dessa forma.
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Favorito >> Avaí
Um confronto interessante porque sem contar pênaltis e faltas diretas, o Avaí fez e levou sete dos últimos dez gols em trocas de passes, enquanto o Juventude marcou sete em jogadas aéreas e sofreu oito dessa forma. A defesa do Avaí vem sendo muito combativa, a quinta defesa que menos sofreu finalizações certas (3,8 por jogo) e agora terá de defender seu espaço aéreo também. O Juventude vem com média de 4,8 finalizações por partida.
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— Foto: Espião Estatístico
Favorito >> Santos
Metodologia
Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2022 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.
Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de “Gols Esperados” ou “Expectativa de Gols” (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 84.702 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 3.469 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.
O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o “pé bom” (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o “pé ruim” (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.
De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.
O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.
Favoritismos apresentará também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, que é representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Felipe Tavares, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti. (GE)O Santos reforçou a defesa ameaçada de rebaixamento no Paulistão e agora é o time menos vazado deste início de Brasileirão, com quatro gols sofridos, além de ter o melhor ataque, com dez. O Santos fez seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Goiás sofre a metade assim, além de também fazer. O Santos sofreu seis dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. O Goiás empatou os dois jogos que fez em casa, mas vem de vitória no clássico contra o Atlético-GO (0 x 1). O Goiás é o segundo mandante que menos finalizou (7,5 por jogo), e o Santos , o visitante que menos fez isso (5,5). O Goiás é o mandante que mais sofreu finalizações (20,0), e o Santos, o quarto forasteiro mais atacado (16,5). (GE)