Conviver com a diabetes não é uma tarefa fácil. Assim como o tipo 1, o diabetes tipo 2 é caracterizado pelo excesso crônico de açúcar no sangue, o que desencadeia uma série de complicações, de infarto a perda de visão.
Diabetes, por si só, já é uma doença que pode provocar uma série de danos para a saúde e o bem-estar do paciente. No entanto, de acordo com um estudo recente realizado por pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, quem tem diabetes tipo 2 possui mais chances de desenvolver até 57 outros problemas de saúde, quando comparado com um indivíduo não diabético.
Segundo a análise, que foi feita com dados de mais de 3 milhões de pessoas, os portadores de diabetes tipo 2 possuem, por exemplo, 4,4 vezes mais riscos de desenvolverem câncer no fígado e 5,5 vezes mais chances de terem alguma doença renal grave. O levantamento, de acordo com reportagem publicada pelo portal Business Insider também revelou que o aparecimento dessas doenças em diabéticos acontece, em média, cinco anos mais cedo.
Entre as principais doenças relacionadas com diabetes tipo 2, de acordo com o estudo, estão as:
- Circulatórias;
- Ginecológicas;
- Urinárias;
- Neurológicas;
- Oculares.
Fora isso, outros problemas de saúde também podem ser mais comuns em diabéticos. São eles:
- Degeneração macular (doença que afeta a visão) – 3,2 vezes mais risco
- Problemas neurológicos – 2,6 vezes mais riscos
- Problemas digestivos – 1,9 vezes mais risco
- Condições na saúde mental – 1,8 vezes mais risco
Informação é fundamental para combater os riscos da diabetes
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), de 2019 para cá houve um aumento de 16% dos casos de diabetes no mundo. Isso significa que, em menos de três anos, mais de 70 milhões de pessoas desenvolveram a doença. No Brasil, a entidade acredita que podem existir até 16 milhões de indivíduos doentes. Já a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), estima que pelo menos 12,5 milhões de brasileiros têm diabetes.
“Informação e conhecimento devem ser considerados os dois pilares mais importantes para a redução da incidência e/ou adesão ao tratamento por parte dos pacientes. Assim conseguiremos melhorar programas de prevenção, bem como tratar de forma adequada os pacientes já diagnosticados. Além de mapear outros pacientes ainda sem diagnóstico, reduzindo drasticamente o número de complicações”, afirma o Dr. Márcio Krakauer, endocrinologista do núcleo de tecnologia da SBD.