Considerado um dos principais desafios de Mato Grosso nos próximos anos, a regularização fundiária rural e urbana deve pautar a atuação do ex-goverandor Júlio Campos (União Brasil), se eleito deputado estadual, em outubro deste ano.
Ele manifestou preocupação com os pequenos e médios agricultores mato-grossenses que não têm documento da área que ocupam e isso impede com que busquem financiamento para avançar e qualificar a produção, em suas áeras. Também deve-se fazer justiça com os proprietários de imóveis urbanos que há décadas aguardam o título definitivo de posse da terra.
No caso da Amazônia Legal, Júlio Campos entende que a regularização fundiária vai contribuir para a redução do desmatamento e a preservação ambiental.
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“Temos mais de 80 mil propriedades. Pessoas que foram chamadas pelo governo federal à época, principalmente sulistas, que para lá foram, mas gente do Brasil inteiro, para ocupar a Amazônia, para não entregar a Amazônia. Essas pessoas estão lá há 20, 30, 40 anos e, até hoje, não têm o documento”, observou ele, que foi responsável pela implantação de diversos assentamentos, no Estado, na década de 1980.
Campos enxerga a regularização fundiária como dignidade e cidadania ao proprietário do imóvel. “Devemos dar dignidade para quem acreditou num pedaço de chão”, defendeu Campos, para o portal de notícias Cuiabano News.
“Eu sempre tenho dito que o documento traz cidadania, traz justiça social. Claro, nós podemos fazer uma revolução em termos de produção. É importante exportar. É importante, mas nós precisamos também garantir o alimento para o brasileiro: uma cesta básica farta e, principalmente, com o custo acessível à classe trabalhadora”, argumentou o candidato a deputado pela União Brasil, para a reportagem do Cuiabano News.
Júlio Campos afirmou que Mato Grosso tem condições de ser o “grande celeiro do mundo”, mas também quer ser o “grande celeiro do Brasil”. Ele disse que, apesar da produção do país, ainda há fome nas periferias.
Amazônia Legal
Júlio Campos entende que com a regularização fundiária a tend~encia é de melhora no combate ao desmatamento e queimadas ilegais. Em agosto e setembro, no período de seca em Mato Grosso, por exemplo, a tendência é o aumento de índices de desmate e queimadas.
“O avanço do desmatamento ilegal, sobre a floresta, sempre faz mal ao Brasil; faz mal ao meio ambiente e faz mal também aos negócios. Por isso queremos avançar em pautas como a regularização fundiária”, justificou Campos.
Na tese de Júlio Campos, o processo de urbanização e o crescimento desordenado das cidades serão melhor combatidos com a regularização fudiária urbana. Muitas áreas de proteção ambiental também estão sujeitas à ação humana para construções e outras obras de engenharia.
Júlio Campos afirmou para o Cuiabano News que a redularização fundiária faz parte do rol das soluções para a contenção do desmatamento ilegal. E crê que, assim, o poder público consegue envolver parcela considerável da sociedade civil.