LOUSDEMBERGUE RONDON

Ressignificar (atribuir um novo significado) é coisa do demônio e eu posso provar. O cristão não deve usar esta palavra e precisa ficar longe de tudo que a tenha escrito. É a palavra da moda, a pessoa vê, acha bonito e quer falar. É natural do demônio querer mudar as coisas e o ser humano é atraído pela novidade, como foi a Eva atraída.

Deus criou as coisas e as atribuiu significado. Se você concordar que Deus é perfeito, terá que concordar que Ele não teria criado algo sem um significado, sem um objetivo e sem uma função necessária. Não cabe ao ser humano alterar significados dados por Deus.

Desde a origem do mundo o demônio tenta destruir a humanidade ao mudar as coisas de Deus e para isso ele usa o pecado. Há cem anos nós vemos a destruição tomar conta da sociedade. Tudo foi alterado, o significado do sexo, casamento, família, marido, homem, esposa, mulher, dos filhos e tivemos a relativização da moralidade.

(Gênesis 2:9) No Jardim do Éden havia a árvore do conhecimento do bem e do mal. (Gênesis 3:1-4) A serpente disse a Eva para comer o fruto. Eva respondeu “Não posso comer, Deus proibiu, Ele disse que vamos morrer caso a comamos”, mas a serpente retrucou: “Você não morrerá, Deus não quer que você coma porque você se tornará tão poderosa quanto ele”.

Se Deus é perfeito, você acha que Ele mentiria? Claro que não. Deus criou o fruto e deu um significado a ele. Qual o significado? De dar o livre arbítrio ao ser humano. Sem a possibilidade de escolher, não existe a real liberdade. (João 7:17). Ao escolher comer o fruto, o pecado veio ao mundo, assim como duas mortes: a morte do corpo e a morte do espírito, porque a desobediência do homem nos afastou de Deus.

O demônio ressignificou o fruto. Este foi o primeiro momento em que o demônio atribuiu um novo significado para a criação de Deus, o que era a demonstração do livre arbítrio se tornou a manifestação da inveja, da cobiça e da rebeldia.

Naquele momento o pecado venceu, mas Deus continuou a amar o homem, e futuramente Deus mandaria Ele para esmagar a cabeça da serpente, restaurar a relação com Deus, obedecer, morrer, ressuscitar, e vencer a morte ao derrotar o pecado. E assim a humanidade passou a conhecer o Caminho para a Vida eterna. (João 14:6). Meu filho estava morto, mas agora ele está vivo (Lucas 15:31). Em Cristo somos as crianças de Deus.

O demônio usou o pecado e através do homem criou a “construção social”, em que dirá que tudo foi construído pela sociedade, portanto a moralidade passa a ser relativa, tudo passa a ser uma questão de opinião e tudo passa por um processo deliberado de crítica e ressignificação de todas as instituições e valores morais. Dessa forma o homem brinca de ser Deus e começa a construir sociedades em laboratório.

É claro que devemos concordar que muitas coisas foram criadas pelo homem. Mas nem tudo! Há coisas que foram claramente construções de Deus, a Bíblia mostra, por exemplo, que Deus criou o casamento, em Gênesis 1:27-2:24: “Deus criou o homem e a mulher”, “Tenha filhos”, “O homem deixa o pai e a mãe e se une a esposa e assim eles se tornam um só corpo”. Mas o demônio veio e ressignificou o casamento.

Assim como o casamento, existem diversos outros exemplos em que o demônio continuou a ressignificação das criações de Deus. E qual a obrigação do cristão? O dever do cristão é fazer a vontade de Deus e a Bíblia defende isso várias e várias vezes. Por exemplo:

Quando Jesus ensinou a rezar (Mateus 6:10): “Seja feita a vontade de Deus no paraíso e na Terra”. Quando ele estava para ser preso (Marcos 14:36) “Pai, se for da sua vontade, afasta de mim este castigo” e ainda ao ralhar com com Pedro que queria impedi-lo de ser preso e morto (Mateus 16:23) “Afasta-se de mim, satanás, o que você diz é a vontade do homem e não a vontade de Deus”. Satanás estava a usar Pedro para impedir que a humanidade conseguisse a salvação.

Se Deus conhece tudo e se a verdade existe, conclui-se que Deus é a verdade. Portanto há duas formas de conhecer a verdade, ao estudar a Palavra de Deus e ao estudar as Obras de Deus. Nem toda a verdade está escrita, mas aquilo que não está escrito também pode ser aprendido, e se somos feitos à imagem de Deus (Gênesis 1:27), também podemos entender o mudo perfeito que Ele criou.

Por fim, ao ressignificar as criações de Deus, o homem se coloca acima de Deus. O cristão deve restaurar o significado perdido das coisas. E principalmente, é de extrema urgência e de grande estratégia, restaurarmos o significado da família, do casamento e dos papéis do homem e da mulher.

A palavra do cristão não é ressignificar, mas é restaurar, defender e conservar!

Lousdembergue Rondon é jornalista.

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