Arqueólogos encontraram uma tumba de 2,5 mil anos em uma antiga necrópole romana. Com pinturas coloridas nas paredes, o local teria pertencido a uma família de metalúrgicos. Ou, ao menos, é isso o que indicam os desenhos com uma variedade de cenas.
Entre as cenas retratadas na pintura estão a ilustração de uma oficina metalúrgica ao lado de homens e mulheres dançando ao som de um flautista.
“A inclusão de uma cena única de ferraria na decoração pintada de uma parede nos permite ter um vislumbre das fontes econômicas da riqueza dessa família, que estava evidentemente envolvida no negócio de gestão de metais”, disse Daniele Maras, oficial arqueológico responsável pela descoberta e diretor do Museu Arqueológico Nacional de Florença, ao site Live Science. O pesquisador destacou que a cena da dança pode retratar o próprio funeral da pessoa que morreu.
O achado foi criado pelos etruscos, civilização fundadora de Roma, e faz parte de uma câmara que já havia sido descoberta no passado. A tumba foi escavada no subsolo da necrópole de Tarquínia, a cerca de 72 quilômetros de Roma. Localizada abaixo de uma tumba existente cuja parede desmoronou, a Tumba 6438 foi achada em 2022, parcialmente preenchida com terra e detritos.
“A escavação arqueológica mostrou que todo o material coletado não pertencia à tumba pintada, que data de meados do século 5 a.C., mas havia caído da tumba superior, mais de um século mais antiga, do final do período orientalizante”, disse Maras, em comunicado. Ele aponta que a ausência de restos humanos e objetos de sepultamento são um indicador de que a tumba foi saqueada no passado.
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Em Tarquinia, foram identificadas mais de 6 mil tumbas, mas apenas algumas dezenas têm decorações que retratam cenas, como banquetes, mitos, esportes e danças. Por meio de tecnologias de imagem multiespectral, os pesquisadores pretendem determinar quais cores foram perdidas nas pinturas e examinar seu conteúdo.
(Por Redação Galileu)