Parece que alguns deputados não mantiveram a palavra de ajudar os servidores públicos aposentados do Estado através do Projeto de Lei Complementar 36 (PLC 36) que visava retirar os 14% de alíquota do salário que esses recebem. Isso porque, o veto que foi colocado pelo governador Mauro Mendes (DEM) foi mantido por 12 parlamentares, contra 11 que pediram a retirada da medida ‘polêmica’. A definição sobre essa situação aconteceu agora há pouco durante uma sessão realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) e transmitida pela televisão e redes sociais.

Por ser uma sessão realizada praticamente remotamente, poucos deputados manifestaram sobre como iriam se posicionar. Todos se fizeram presentes na discussão, com exceção de Walmir Moretto (PRB), que segundo o presidente da casa, Eduardo Botelho (DEM), teve um problema de saúde e não conseguiria participar da sessão ordinária realizada nesta quarta-feira (10).

Antes da votação final, alguns políticos presentes deram sua opinião acerca do que iria ser definido posteriormente por eles. Um dos que teve espaço no palanque, deputado Valdir Barranco (PT) destacou que ia votar sim, ou seja, a favor da derrubada do veto imposto pelo chefe da Casa Civil.

Houve também um desentendimento na hora do manifesto das expressões, já que os parlamentares Dilmar Dal Bosco (DEM) e Xuxu Dalmolin (PSL) pediram a manutenção do voto e destacaram que o projeto seria institucional.

Nessa toada, o deputado Allan Kardec (PDT) já com um semblante aparentemente irritado, pediu até a suspensão da votação, já que nesse contexto, ele asseverou aos colegas, por qual motivo ainda não tinha sido feita uma proposta pelo Executivo, sobre aquilo que eles tinham acabado de dizer.

“Cadê a proposta de isenção até três salários mínimos para todos? Se tiver proposta, paramos a votação agora. Mas não tem proposta, tentamos fazer isso o tempo inteiro”, exclamou.

Logo depois de terminada a votação, que teve um resultado contrário as outras duas, já que nessa foi mantida a posição do veto de Mauro, Botelho pontuou que mesmo com esse resultado, deverá ser pensado por ele e seus colegas de casa medidas que visem ajudar essa parte da população que está sendo desfavorecida.

“Eu não estou confortável com essa situação, nós temos que encontrar um projeto que ajuda essas pessoas (…) ninguém aqui está com consciência tranquila, nós não estamos. Nós temos que procurar agora uma situação com o governo para nós encontrarmos um projeto que alivie o sofrimento dessas pessoas”, pontuou Botelho.