O delegado Edson Pick, responsável pelo inquérito que investigou o tenente-coronel da Polícia Militar Otoniel Gonçalves Pinto por homicídio, entendeu que o militar agiu em “legítima defesa” e sugeriu ao Ministério Público Estadual (MPE) que o caso fosse arquivado.
“Ao concluir o inquérito, entendi que o tenente-coronel agiu em legítima defesa no ato em que verbalizou para o suspeito parar e, em sua defesa, ele estava em posse de outra arma de fogo do Estado, arma funcional, em local seguro, que os bandidos não encontraram, e respondeu a agressão. Então eu sugeri a legítima defesa”, disse o delegado.
“O policial mesmo estando de folga está de serviço 24 horas em defesa da sociedade)
O MPE, no entanto, denunciou o tenente-coronel por homicídio e pediu a reparação dos danos materiais e morais sofridos pela família do assaltante morto, “uma vez que os crimes de sangue denigrem a paz social que deve vigorar nesta Comarca, ofendendo a toda família humana”, diz trecho do documento.
O caso aconteceu no dia 28 de novembro do ano passado, no bairro Santa Maria, em Cuiabá. O morto é Luanderson Patrik Vitor de Lunas, que dava apoio ao assaltante que invadiu a residência.
Segundo o delegado, mesmo sem estar trabalhando um PM segue de “serviço”. “O policial mesmo estando de folga está de serviço 24 horas em defesa da sociedade, no caso, ele fez a defesa própria”, disse.
A denúncia foi assinada pelo promotor de Justiça Vinicius Gahyva Marins.
“Não tem como falar se está errado ou certo, foi o que o promotor entendeu dos autos apresentados. Eu sugeri a legítima defesa na conclusão dos autos, mas quem requer o arquivamento do inquérito policial é o promotor, a autoridade policial ela só sugere se tem indícios de crime ou o arquivamento pelas provas apresentadas”, afirmou.
“E se o magistrado recebeu a ação penal é porque entendeu, junto com o promotor, que havia indícios mínimos para promover a ação penal”, completou.
(MidiaNews)