O delegado Bráulio Cunha Junqueira, de 45 anos, está sendo investigado por suspeita de ter atirado na ex-mulher dele e agredido a vítima em Sinop, a 509 quilômetros ao norte de Cuiabá. A agressão teria ocorrido na última quinta-feira (15) e veio à tona nesta segunda-feira (19).

O delegado negou as acusações. (Veja a versão dele no final da matéria).

A ex-mulher denunciou o caso à Polícia Civil e ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). No sábado (17), a juíza Giovana Pasqual de Mello, de Sinop, concedeu medidas protetivas à vítima.

A mulher afirmou que já sofreu outras agressões e que, na quinta-feira, Bráulio atirou na direção dela. O tiro atingiu o carro onde ela estava. Em seguida, o delegado teria agredido a mulher.

Em nota, a Polícia Civil de Mato Grosso informou que a Corregedoria da instituição ‘’tomou conhecimento dos fatos pela Delegacia Regional de Sinop e está acompanhando a situação’’.

Bráulio responde pela Divisão de Homicídios de Sinop. A Polícia Civil disse que ele não foi afastado das atividades.

Segundo a polícia, a ex-mulher do delegado recebeu atendimento da Polícia Civil. Também foi realizada a perícia no veículo para verificar de que forma a situação ocorreu.

A Policia Judiciária Civil de Mato Grosso informou também que há apenas um registro de violência doméstica envolvendo a mulher e o delegado.

Versão do delegado

 

Ao G1, por telefone, o delegado negou todas as acusações. Ele disse que a ex-mulher que foi até a casa dele e arrebentou o portão da residência com um carro. Bráulio disse que a mulher tem problemas emocionais e não faz acompanhamento profissional.

“Não aconteceu nada disso. Estamos em um processo de divórcio e envolve a guarda da nossa filha. Ela tem algum distúrbio emocional, ou mental, e sofre de surtos psicóticos”, disse.

 

Bráulio afirmou que também tem medidas cautelares contra a ex-mulher, além de ter registrado queixas contra a ex.

“Ela chegou na minha casa na quinta-feira arrebentou o portão da minha casa. Fiz um disparo no veículo para parar. Até então eu não reconheci quem era, o carro estava preso no portão e vi que era ela”, afirmou.

 

Bráulio afirma que retirou a mulher do veículo e em seguida ela fugiu.

Ainda conforme o delegado, a ex-mulher mentiu ao Ministério Público ao acusá-lo das agressões.