Com o River Plate não tem conversa: é pagar a multa e resolver o problema. Agora, o Flamengo se cerca de cuidados para cumprir as exigências e chegar a um acerto com Nicolas de la Cruz antes de notificar o clube argentino da compra. E há pendências que vão além de salários e tempo de contrato.
O Flamengo retomou as tratativas com o uruguaio no final de outubro e fez valer boa parte do acerto já alinhavado nas negociações do meio do ano, quando o River dificultou a liberação visando a sequência da Libertadores. A concorrência de clubes do Oriente Médio, por sua vez, fez com que novas condições fossem colocadas na mesa.
Como não há margem para discussão nas tratativas com o River Plate, a decisão está nas mãos do jogador, e o Flamengo entende que não tem motivos para fazer cabo de guerra com propostas que venham de mercados alternativos com maior poderio financeiro. De la Cruz sabe das condições e do que o Rubro-Negro está disposto a pagar.
Clube e jogador discutem ainda pontos de contrato que geram divergências, como a cláusula de rescisão, comissão para intermediários e bonificações. O Flamengo entende que é preciso ter tudo documentado e um termo de acordo assinado com De la Cruz antes de fazer qualquer movimento que envolva o River Plate.
O clube argentino já foi claro de que não tem nem o que conversar com o Flamengo ou qualquer outro interessado. A condição é simples e objetiva: notificar da intenção e pagar os 16 milhões de dólares (R$ 80 milhões) da multa para liberação. Os cariocas tratam o tema como resolvido e já estão de acordo com o pagamento à vista.
O River Plate não tem mais compromissos nesta temporada, e a expectativa é de que Flamengo e De la Cruz façam os ajustes necessários para que o acerto seja decretado nos primeiros dias de 2024. O uruguaio é cauteloso para que o desligamento com os argentinos seja pacífico e
Revelado pelo Liverpool de Montevidéu, que ainda detém 50% de seus direitos econômicos, De la Cruz chegou ao River Plate em 2017 e soma 211 jogos, com 36 gols marcados. (GE)