O jogador Daniel Alves, de 39 anos, deixou a prisão em Barcelona pela primeira vez nesta segunda-feira. O atleta foi ao Tribunal Superior de Justiça da Catalunha para testemunhar a pedido de sua defesa.
Anteriormente, Daniel apresentou três versões distintas sobre a acusação de estupro a uma mulher de 23 anos. Desta vez, segundo o jornal local “La Vanguardia”, o lateral-direito afirmou que mudou o discurso para evitar problemas com sua agora ex-esposa, Joana Sanz.
O jogador também voltou a se inocentar, afirmando que a relação sexual que teve com a mulher foi consensual, com interesse e atração de ambas as partes. Daniel Alves teria frisado que é um homem respeitoso com as mulheres.
Daniel Alves esteve acompanhado de seus advogados, Cristóbal Martell e Arnau Xumetra. A advogada da vítima, Ester García, e a promotora Elisabeth Jiménez, também estiveram presentes. A defesa do jogador voltará a fazer um pedido de liberdade provisória.
O caso ainda está em fase de instrução e produção de provas, a qual se prolonga desde a prisão do jogador, há quase quatro meses. Ele foi preso preventivamente dia 20 de janeiro – na Espanha, esta modalidade de detenção provisória pode durar até dois anos. Pela lei criminal espanhola, todo investigado pode solicitar comparecer em juízo para prestar depoimento pela quantidade de vezes que desejar.
No início do mês, o jogador brasileiro, que teve recurso negado em fevereiro para prisão domiciliar, recebeu na última semana visita da mãe Lúcia Alves no complexo Brians II, penitenciária que fica nos arredores de Barcelona. Ele já havia viajado a Barcelona antes, mas não tinha conseguido encontrar o filho na prisão da cidade da Catalunha.
Daniel Alves tem se dedicado a estudar o processo e recebe constantemente seus advogados na prisão. A equipe tem Miraida Puente, que já prestava serviços a ele desde os tempos de jogador em Barcelona, e Cristóbal Martell, contratado durante as primeiras semanas da prisão do atleta na Espanha.
Ainda não há data para julgamento, mas a fase de instrução está próxima do fim no tribunal. O processo geralmente tem três fases, a primeira de investigação, a segunda de acusação e depois, por último, o julgamento. Com cerca de quatro meses para cada uma das três etapas. (GE)