Embora haja esforços redobrados das autoridades, dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revelam que Mato Grosso lidera o ranking de focos de calor, em todo país, com 18.399 registros. O Brasil registrou, neste ano, 98 mil focos de queimadas.
Ainda de acordo com relatório divulgado na sexta-feira (6), nos últimos sete dias foram registrados 1,9 mil focos no estado. No acumulado do ano os focos de calor subiram 74%, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Somente no período proibitivo foram registrados 10.183 focos, um aumento de 104% em relação a 2018. O Inpe alerta ainda que não há previsão de que os focos de calor diminuam, pois o período de estiagem deve se estender até meados de outubro.
Fogo atinge propriedade em Rondonópolis — Foto: Lorena Segala/TVCA
Colniza permanece como o município com o maior número de ocorrências, respondendo por 11% do total de focos desde o início do ano e por 24% no período proibitivo.
Em relação as categorias fundiárias, nos imóveis rurais cadastrados ocorreram 56% do total de focos de calor desde o início do ano.
As terras indígenas estão sendo proporcionalmente mais atingidas nas duas últimas semanas, aumentando sua parcela de ocorrência de focos de calor para 17% desde o início do ano e por 21% no período proibitivo.
Fogo em Chapada dos Guimarães — Foto: Arquivo pessoal
Prorrogação
Por causa ao alto índice de queimadas no estado, o governador Mauro Mendes (DEM) assinou há uma semana um decreto que prorrogou o período de proibição de queimadas até o dia 30 de novembro. Com isso, estão suspensas todas as autorizações para desmatamentos por parte da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema).
De acordo com o governador, os relatórios apresentados pelos órgãos de controle mostram que, apesar de 63% de área preservada, o desmate teve um aumento considerável, nos últimos anos.