O Atlético-MG tem se reforçado para entrar no Brasileirão 2020 em condições de brigar por título. O plano do clube é montar times cada vez mais fortes nos próximos anos. Um elemento chave para a cúpula alvinegra pensar grande é a Arena MRV, estádio próprio do Galo, que terá suas obras iniciadas nas próximas semanas e concluídas dentro de um período de 26 a 30 meses.

Nessa quarta-feira, em uma “live” produzida pela TV Galo, canal oficial do clube, as perspectivas para o futuro do Atlético a médio prazo foram debatidas pelo presidente Sérgio Sette Câmara com Rubens e Rafael Menin, proprietários da construtora MRV, torcedores, conselheiros e patrocinadores do Alvinegro. Rubens foi o primeiro a dar um palpite ousado. Para ele, o Brasil terá, em alguns anos, “cinco ou seis” clubes grandes, em condições de brigar por títulos (e o Galo estará entre eles).

“O futebol está mudando, o mundo está mudando, e acredito que o Brasil vai ter condição de ter uns cinco times grandes. Falo em clubes enormes. A Espanha tem três, Alemanha tem dois, Inglaterra tem uns cinco. O Brasil deve ter uns cinco, seis, talvez. E o Galo vai ser um deles” – Rubens Menin.

O conselheiro ainda ressaltou que o Galo deve ter R$ 100 milhões extras de recurso, anualmente, por conta do estádio.

– Para ser um deles, a Arena é fundamental. Vamos ter uma receita extra enorme com a Arena. Essa Arena vai custar muito barato em relação ao que ela vai entregar. O Atlético vai ter essa Arena sem dívida, que é diferente. A arena do Palmeiras é sensacional, mas ele tem sócio. A arena do Athletico-PR é muito bacana, mas ele deve. O Corinthians deve. O Grêmio, que tem uma arena boa, está devendo. A diferença do Galo é que vamos ter a Arena MRV sem dívida. Isso vai dar uma renda extra fenomenal, para o Atlético ser cada vez mais competitivo. A gente avalia que pode dar mais que R$ 100 milhões por ano. Vamos ser um dos supertimes do Brasil, junto com Flamengo e mais alguns. Não sei quais serão, mas Palmeiras, Corinthians, São Paulo… Acho que Arena vai colocar o Atlético em outro patamar, e estou super animado com esse projeto – completou Rubens Menin.

Rubens Menin e Rafael Menin, patrocinadores e parceiros do Atlético — Foto: Rodrigo Fonseca

Rubens Menin e Rafael Menin, patrocinadores e parceiros do Atlético — Foto: Rodrigo Fonseca

Na sequência do bate-papo entre os patrocinadores e o presidente, Sérgio Sette Câmara endossou a opinião de Rubens Menin.

– Tenho certeza absoluta que o estádio vai fazer toda a diferença na história do Atlético. Futebol, queira ou não, está diretamente ligado a dinheiro, e o estádio também vai trazer uma receita espetacular pro clube. O Atlético vai ter a melhor situação em termos de estádio do Brasil, porque o estádio já tem o dinheiro dele reservado pra ser construído, e, quando ele estiver entregue, todas as receitas, de futebol, shows e qualquer outro evento, serão revertidas para o Atlético, o que não acontece com a maioria dos outros clubes, que têm que dividir com o parceiro que construiu. Isso vai fazer muita diferença, sim, no futuro.

“Eu concordo: vamos ter quatro, cinco grandes times no Brasil, essa é uma tendência mundial, e o Atlético está caminhando a passos largos pra ser um deles” – Sérgio Sette Câmara.

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Sérgio Sette Câmara, presidente do Atlético-MG — Foto: Pedro Souza/Atlético-MG

Por fim, Rafael Menin também opinou neste sentido. E destacou que o crescimento do Atlético se dará não só pela inauguração da Arena MRV, mas também pelo trabalho administrativo do clube.

– Essa Arena ficando pronta, mais o trabalho de gestão administrativa que está sendo feito pelo Atlético, vamos ter uma condição completamente diferente para poder fazer frente. Hoje, o Flamengo e o Palmeiras são os times com maior poder de fogo, têm muito mais recursos do que os outros. A Arena ficando pronta, com a redução inteligente de despesas, vamos em breve brigar em pé de igualdade com os dois clubes e nos colocando como time de ponta todos os anos. A gente não pode ser irresponsável em um ano, fazer um time pra ser campeão, e no ano seguinte ter que vender todo mundo, fazer um time muito modesto e brigar pra não cair.

“O Galo está fazendo um projeto de forma perene e sustentável, pra que a gente tenha um time competitivo por muitos anos. Estar em um projeto desses nos dá muita alegria” – Rafael Menin. (Globo Esporte)