*RONALDO COELHO DA COSTA JÚNIOR

Cabe ao médico diagnosticar doenças, identificar sintomas e, a partir disto, indicar qual o melhor medicamento e a dosagem correta para que você fique bem. Automedicar-se traz riscos à saúde, pois a ingestão de substâncias de forma inadequada pode causar reações como dependência, intoxicação e até a morte.

A receita médica é a garantia de que houve uma avaliação profissional para que determinado paciente utilize o medicamento.

A automedicação pode agravar doenças, já que a utilização de remédios sem a informação adequada pode esconder determinados sintomas. Além disso há o risco da combinação errada de substâncias, que pode anular ou potencializar o efeito da outra.

A venda de medicamentos sem a apresentação da receita é cultural no Brasil e traz implicações sérias para a saúde pública. Desta forma, as farmácias e drogarias tem papel fundamental no controle da automedicação.

De uma forma geral, os dados mostram que 74% da população tem em mente que a automedicação é prejudicial à saúde e que evitar o consumo de medicamentos pode ser benéfico para a boa saúde no futuro.

A longevidade com qualidade de vida é o grande desafio das populações dos grandes centros que são impactados diariamente com os fatores de stress, como o trânsito, a violência, poluição etc.

Além dos efeitos nocivos, às vezes a longo prazo, a ingestão indiscriminada de analgésicos pode mascarar uma doença mais grave, ou até mesmo agravá-las.

 

Há quase cinco anos foi proibida no país a venda de antibióticos sem prescrição médica. A decisão foi tomada em consequência do uso indiscriminado desses medicamentos, que contribui para o aumento da resistência de microorganismos e pode diminuir a eficácia dos tratamentos.

A Anvisa afirma que a iniciativa chamou a atenção da sociedade para o risco do uso incorreto de antibióticos e vem provocando uma importante mudança cultural.

A venda de medicamentos tarjados também é proibida sem prescrição médica, devido às contraindicações e possíveis efeitos colaterais graves.

No caso dos complementos vitamínicos e minerais, cabe ao usuário realizar a ingestão de forma prudente, a partir da avaliação de um profissional de saúde, e não deve substituir os alimentos, nem serem considerados como dieta exclusiva.

No caso dos medicamentos não tarjados, a venda é livre e não exige a prescrição médica. As substâncias mais comuns são utilizadas para o tratamento de sintomas como resfriados, azia, má digestão, dor de dente e outros. Apesar desta baixa toxicidade, a utilização deve ser feita dentro de um conceito de automedicação responsável.

Por isso, é essencial a leitura das instruções de uso antes do consumo e, caso não haja melhora, o paciente deve procurar um médico.

*RONALDO COELHO DA COSTA  JÚNIOR é cuiabano e médico da Família – vinculado ao Programa Mais Médicos, em Pesidente Getúlio (Santa Catarina)

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