A baixa adesão pela procura da segunda dose da vacina contra a covid-19 chega a 57 mil pessoas. Os dados levaram o prefeito em exercício, José Stopa, a estudar a possibilidade de implantar o passaporte da vacina na Capital.

Segundo o prefeito, a falta de adesão de pessoas em Cuiabá que não tomaram a segunda dose do imunizante contra o coronavírus é muito alta e preocupante.

“Cerca de 57 mil pessoas já passaram do prazo de tomar a segunda dose. É um número muito alto, que nos preocupa, pois precisamos que o máximo de pessoas possível complete o esquema vacinal, para não corrermos o risco de um novo aumento de casos de covid na Capital”, esclareceu o prefeito.

Stopa afirmou que, caso a situação não mude, a média será indispensável. “Será necessário tomarmos uma medida mais drástica, como a implantação do passaporte da vacina para a entrada em locais diversos, como bares, restaurantes, repartições públicas e eventos em geral”, revelou.

Conforme o levantamento da prefeitura, mais de 18.300 pessoas estão com a segunda dose da AstraZeneca atrasada e o grupo de 30 a 39 anos é o líder. Já no caso do imunizante da Coronavac, são cerca de 9.800 pessoas que estão com o esquema vacinal atrasado. Neste caso, o grupo que lidera está na faixa etária entre 18 a 30 anos. Em relação a Pfizer, são mais de 28.800 pessoas que não tomaram a segunda dose, na sua maioria entre 26 e 40 anos.

A professora de Infectologia da Universidade Federal de Mato Grosso e do Hospital Universitário Júlio Muller, Marcia Hueb, reforçou que a vacina é principal arma contra o vírus.

“Para uma pessoa estar imunizada ou completamente protegida precisa ter tomado pelo menos as duas doses da vacina, que estão previstas no esquema vacinal. Entre as armas que temos para enfrentar essa pandemia, a vacina é a mais eficaz. Além disso, temos o uso da máscara e o isolamento social. Se nós quisermos não ter mais o isolamento e não usar mais a máscara definitivamente, temos que estar vacinados, para atingirmos esse ideal do controle”, disse a professora.

O prefeito lembrou que caso aprovada a implantação do passaporte da vacina, a população só poderá circular por bares, restaurantes e repetições públicas se apresentar o cartão de vacina com esquema vacinal completo.